Um novo retrato sobre os anos conturbados enfrentados por Britney Spears sob a tutela do pai estão em Britney vs Spears, documentário lançado pela Netflix na terça-feira (28). A produção de uma hora e meia de duração chegou ao streaming às vésperas da nova audiência judicial da artista, marcado para a tarde desta quarta-feira (29), nos Estados Unidos.
Com direção da jornalista Jenny Eliscu e da cineasta Erin Lee Carr, Britney vs Spears se alimenta do conteúdo apresentado em filmes anteriores sobre o assunto, mas apostando em depoimentos e imagens de arquivo inéditas. O ponto focal da narrativa se concentra entre os anos 2007 e 2009, quando Britney explodia com hits nas paradas musicais e, ao mesmo tempo, enfrentava os processos de divórcio, guarda dos filhos e, posteriormente, da própria tutela.
Entre os entrevistados do documentário, estão o advogado Adam Streisand, que foi sondado pela cantora para assumir sua batalha contra o pai; Howard Grossman, ex-gerente de negócios de Britney; John Nazarian, um investigador que foi contratado pela equipe da artista em 2007; e até Andrew Gallery, diretor de fotografia que se tornou amigo próximo ao trabalhar com Britney em For the Record, programa da MTV.
Abaixo, GZH destaca cinco revelações que estão no filme:
Estado de saúde
O estado de saúde de Britney, no início da determinação da tutela, é um dos pontos mais polêmicos de Britney vs Spears. Documentos destacam que a cantora foi diagnosticada com demência naquele período e que, apesar do apontamento médico, a cantora seguiu trabalhando. O relatório de saúde frisa ainda que Britney não tinha "clareza psíquica" para contratar o próprio advogado.
Falta de ajuda
O filme também destaca a batalha da cantora pelo direito de escolher o próprio advogado. Desde o início da tutela, a defesa era apontada por um juiz — o que mudou somente em 2021, quando ela pôde contratar o profissional para lidar com o caso. Essa falta de apoio também é mostrada de uma forma inusitada: Jenny, uma das diretoras do longa e jornalista na época, entrou escondida em um hotel, certa vez, para ajudar a artista a assinar os papéis que pediam a troca do advogado. Uma assistente de Britney, Felicia Culotta, e um cinegrafista da MTV também ofereceram ajuda e confirmam, ao longo do documentário, que foram silenciados por familiares próximos da cantora. No fim, a artista ficou sozinha.
Relacionamentos desconhecidos
A roda íntima de Britney entre 2007 e 2009 também acaba ganhando destaque no documentário. Assim, as relações da artista com o fotógrafo Adnan Ghalib, um affair no final de 2007; e Sam Lutfi (no post abaixo), empresário dela na época; foram pouco detalhadas até então e ganham mais detalhes ao longo do filme. Enquanto Lutfi assume uma postura mais distanciada, dizendo que a relação de Britney com a família "não era fácil", Ghalib revela que o namoro deles foi interrompido pelo pai — a fim de restringir visitas e impedir movimentações suspeitas a favor da cantora.
Ex-agente "tóxico"?
No passado, Lufti foi acusado de dopar e drogar Britney para tirar proveito dela, em história que foi acompanhada por diversos sites de fofoca. Em Britney vs Spears, no entanto, ele reforça que nunca fez algo do tipo e que sempre tentou ajudar a cantora. Ele aponta, em um dos depoimentos, que tentaram destruir sua imagem na mídia para que o romance dele com a cantora terminasse o quanto antes. Para Lufti, a onda de fofocas foi gerado pelo pai de Britney, Jamie, em uma jogada clara para tentar atrapalhar possíveis apoiadores das ações da artista.
Documentos sigilosos
Prescrições médicas e documentos falando sobre a saúde da cantora são apresentados no documentário. Quando se preparava para a turnê do disco Circus, em 2009, receitas apontam que Britney tomava estimulantes para dar conta da agenda lotada de shows. Quatro anos depois, a dose de medicamentos aumentou, por conta de sua participação no X Factor, segundo os documentos obtidos pelo filme.