Entres os tradicionais pedidos de aniversário feitos na hora de soprar as velas, a equipe do Globo Esporte RS, que chega aos 10 anos neste domingo (16), não teria dúvida sobre o que escolher: seguir sempre ao lado dos gaúchos de todas as cores, torcidas e culturas. A celebração de uma década da versão regional do programa da Rede Globo chega para reafirmar o compromisso de retratar os destaques de todas as modalidades esportivas possíveis para os quatro cantos do Estado.
No programa comandado por Alice Bastos Neves, a dupla Gre-Nal é um dos fios condutores. Ao longo destes anos, foi possível acompanhar a preparação e a análise dos principais jogos das equipes, de Gauchão e Copa do Brasil até o Mundial de Clubes. Parceria que também é vista com as equipes do interior do Estado.
— O Globo Esporte RS é a praça pública onde todas as cores do Estado se reúnem. Se formos para cada município, cada um tem a sua rivalidade, indo até mesmo para a Região Sul e para a Serra, que vão muito além do vermelho e azul das torcidas dominantes na Capital. Buscamos reforçar essa cultura, essa formação de identidade do ser gaúcho, que inevitavelmente passa pelo futebol — explica Tiago Cirqueira, gerente-executivo de Esporte do Grupo RBS.
Mais do que o futebol, a cobertura do Globo Esporte RS também está ligada a outras modalidades esportivas, do atletismo ao vôlei. Conquistas coletivas ou individuais, de nível estadual ou internacional, têm suas histórias contadas pelo programa.
— Essas notícias sempre vão estar com a gente. Também é nossa missão levar aos gaúchos as histórias humanas envolvendo outros esportes, principalmente exemplos de vida e superação. Entendemos que assim valorizamos o esporte e os atletas — pontua Marcelo Cabral, editor-chefe do Globo Esporte RS.
Cirqueira reforça que o esporte precisa ser visto como uma ferramenta de inserção social e de formação cidadã. E esses exemplos passam por nomes como o da judoca Mayra Aguiar e do atleta do salto triplo Almir Júnior.
— Esperamos sempre alcançar os gaúchos com conteúdos capazes de engajar e ir além do lugar de consumo. Queremos viver o esporte para emocionar, transformar e se aproximar da sociedade — finaliza Cirqueira.
Para ver e rever
A celebração dos 10 anos do Globo Esporte RS começou há duas semanas, com conteúdos diários no programa da RBS TV. No site GE RS, o espectador pode rever as reportagens que relembram momentos marcantes, como uma visita à casa de D’Alessandro, ex-Internacional, e um papo com os pais de Kannemann, zagueiro do Grêmio.
As vezes em que a equipe colocou o pé na estrada para acompanhar jogos importantes da dupla Gre-Nal também ganharam um destaque especial. Em um deles, Alice apresenta o programa ao vivo dos Emirados Árabes, em cobertura que seguia o Grêmio no Mundial de Clubes de 2017.
Histórias inspiradoras também podem ser revistas no portal esportivo, como a superação do pequeno Artur, um menino de sete anos com paralisia cerebral que realizou o sonho de praticar patinação artística.
Entrevista: Alice Bastos Neves
Quais foram as suas expectativas quando conheceu o projeto do Globo Esporte RS?
Tinha 26 anos, entrei na RBS em 2006, era uma menina, e fiquei muito feliz com o convite, cinco anos depois, para ser apresentadora fixa. O horário era muito marcado pela figura do Paulo Brito, uma responsabilidade gigantesca, e, aos poucos, fui dando a minha cara. Na abertura do primeiro programa, falo "mais espaço para a dupla Gre-Nal e o esporte daqui, como vocês tanto nos pediram". Foi um trabalho que nasceu de uma demanda do público. A gente sabe da paixão gigantesca que as pessoas têm pelo futebol local.
Dez anos representam uma fatia importante da sua carreira. Quais as coberturas e os programas mais inesquecíveis para o Globo Esporte RS?
Para mim parece que foi ontem. São muitas coberturas e reportagens inesquecíveis. Temos uma brincadeira interna na redação que fazemos com a mesma paixão uma viagem ao Interior ou para o outro lado do mundo. Quando fizemos uma cobertura com equipe local na Argentina, na final da Libertadores do Grêmio, e depois acompanhamos o time uma semana ao vivo em Abu Dhabi, com fuso totalmente trocado, pessoas de outras nacionalidades, orientação em inglês no ponto. Para um programa regional, é muito histórico. E a gente entende que o esporte tem uma linguagem universal. Tratamos de questões que passam pelo esporte, como a inclusão social. Lutamos judô no Hospital Psiquiátrico São Pedro, jogamos vôlei em uma penitenciária. É fazer um programa que vai além do gol, da medalha, do pódio.
Como foi presenciar tantas mudanças tecnológicas?
Tem uma evolução gritante da fita ao cartão de memória. As câmeras evoluíram e a pandemia nos exigiu adaptações, como reportagens feitas totalmente em celular. Antes era uma estrutura muito maior para um repórter entrar ao vivo em uma viagem, hoje a gente carrega uma mochila. A equipe também cresceu, proporcionalmente à nossa entrega.