Após a saída de Rodolffo no Big Brother Brasil 21, João Luiz e Gilberto conversaram sobre o discurso do apresentador Tiago Leifert nesta quarta-feira (7). Antes de anunciar a eliminação do sertanejo, o apresentador citou o episódio em que Rodolffo comparou uma peruca de homem das cavernas ao cabelo de João e emocionou os telespectadores ao falar de racismo com os brothers.
— Ontem para mim foi o dia mais... Não pela eliminação, mas pelo que o Tiago falou, acho que foi o dia mais... Parece que saiu um pesinho das minhas costas, sabe? — disse João sobre a noite de eliminação.
— Umas toneladas, né — comentou Gil. — Achei muito importante o Tiago, a humildade dele de dizer: "Eu, como homem branco, há alguns anos atrás pensei como você, mas eu consegui aprender". Nossa, foi incrível. Eu estando aqui dentro e ouvindo o Tiago, nossa. Sério, eu ganhei a vida, tu acredita?
— Eu não esperava. Foi muito bom, acho que todo mundo conseguiu ver a importância, sabe? — concluiu João.
Na fala da noite de terça-feira (6), Leifert explicou ao cantor os problemas em torno do comentário que ele havia feito. O apresentou citou o aprendizado que teve com Babu Santana, participante do BBB 20, que diversas vezes falou sobre o racismo durante sua passagem pelo programa.
— Historicamente, o cabelo do João foi associado a uma coisa errada, suja, feia. Não existia cosmético para a pele da Camilla até pouquíssimo tempo atrás. E é por isso que quando a gente faz um comentário sobre o cabelo do João, não é sobre um penteado. Você está falando de um símbolo, da ancestralidade do João, tem muito aí — disse o apresentador em parte do discurso.
— É muito importante você fazer isso e falar para as pessoas que estão assistindo. Eu fiquei engasgado e nesse esgotamento eu não consegui externalizar o que estava sentindo. E você fazer isso, esse movimento didático, de ensinamento... Eu te agradeço por esse momento e acho que a gente deve fazer isso sempre — respondeu João ao apresentador.
Juliette desabafa com brothers
Já Juliette, que escapou do último paredão após vencer a prova bate e volta, desabafou sobre suas percepções nos últimos dias do confinamento durante a tarde. Avaliando o baixo número de citações que recebeu no último jogo da discórdia, em comparação às dinâmicas anteriores, a sister concluiu que só é criticada ao vivo quando está no paredão. Ela entendeu isso como uma estratégia de alguns brothers para prejudicá-la nas votações.
— É uma hipocrisia, é um circo, e eu fico pensando: "Será que eu faço parte desse circo?". É um circo de horrores e eu fico triste. E eu tenho medo de estar dentro disso, tenho medo de não me observar — disse em conversa com Gilberto. — Eu tô percebendo coisas que não quero acreditar.
— Quando eu fiquei sozinho, eu percebi muita coisa, e isso me fez voltar a ser o Gil do Vigor. Da minha forma, eu consegui voltar porque eu, de verdade, consegui ver tudo de bom nas pessoas e onde eu errei, como eu errei — aconselhou Gilberto.
Juliette continuou a conversa e perguntou ao economista quem havia lhe dito que ela usava de sua regionalidade para aparecer no programa. Gil, então, revelou que o comentário veio de Sarah, complementando uma opinião expressada por Caio de que ela faria as coisas para gerar VT.
— Se você defender isso, vai me machucar muito. Seria como eu falar que você dança música LGBT por VT — disse Juliette, após Gilberto tentar amenizar. — Eu não tô bem, eu não tô confortável. Eu vejo gente que faz coisas que me machucam e machucam pessoas toda hora, vejo gente passando por cima de coisas que machucam as pessoas, e fico perplexa — acrescentou.
Mais tarde, no quarto cordel, a sister voltou a desabafar, desta vez com João Luiz. Questionada pelo brother sobre o motivo de estar triste, Juliette reclamou novamente de hipocrisia por parte dos colegas de confinamento. O professor de geografia questionou se ela estaria se referindo a alguém especificamente, e a advogada explicou, mas preferiu não citar nomes.
— Eu não tenho medo de falar, não. Se a pessoa me perguntar, eu digo de outras formas para ela, sem parecer agressiva, sem parecer julgando — disse. — Tem coisas que parecem óbvias. Todo mundo está vend0. Não quero ser eu a ter que estar apontando toda hora os erros das pessoas, porque eu não sou ninguém e estou com medo de estar cega — acrescentou a sister.
— Às vezes, é melhor a gente parar e assimilar para ver se é isso mesmo do que ficar falando — aconselhou João.
Quer receber as principais informações e análises da semana do Big Brother Brasil no seu e-mail? Se inscreva na newsletter de GZH do BBB no link.