Reality shows de relacionamento são febre no mundo todo, principalmente no Brasil. Não faltam opções na TV e no streaming que mostram romances, curtição e pegação. Por conta da grande demanda de produções - algumas muito semelhantes -, séries do gênero que trazem ideias inovadoras acabam caindo mais no gosto do público, como os recentes fenômenos Casamento às Cegas e Brincando com Fogo, que inclusive terão edições brasileiras em 2021.
Mas, antes deles, as atenções se voltam para O Crush Perfeito, novo reality de relacionamento nacional que chega nesta sexta-feira (10) na Netflix também com uma proposta diferenciada: que tal sair dos aplicativos de encontros e escolher os crushes na vida real, sem passar o dedo na tela?
Versão brasileira do reality norte-americano Dating Around (disponível no streaming brasileiro com duas temporadas), O Crush Perfeito aposta no olho no olho, no tête-à-tête e nas cantadas, jeito mais tradicional de busca por um novo amor. Gravado antes da pandemia do coronavírus, o programa traz seis solteiros que conhecem cinco pessoas diferentes em encontros totalmente às cegas realizados em São Paulo. Após, o participante escolhe um dos pretendentes para um segundo encontro. A partir daí, tudo pode acontecer.
Diversidade e clichês do bem
GaúchaZH já assistiu ao primeiro episódio, no qual acompanhamos a trajetória de Elena. A jovem de 22 anos vai a encontros com pessoas de perfis distintos, em jantares que obedecem a um padrão: além da moça vestir a mesma roupa, os dates ocorrem sempre nos mesmos bares e restaurantes.
À medida que os pretendentes são apresentados, na cabeça do telespectador só fica a expectativa de tentar prever quem passará no teste e será o selecionado para um novo encontro. Se duvidar, rola até torcida por um ou por outro. E não se espantem se as escolhas causarem surpresa — na versão norte-americana do reality, isso é mais do que comum.
O Crush Perfeito também se destaca por elevar a diversidade nas telinhas. Finalmente temos a oportunidade de ver um reality de paquera que não mostra pessoas da comunidade LGBT+ de forma pontual e isolada, mas sim trata com naturalidade o relacionamento de gays, lésbicas e transsexuais.
Se, em alguns momentos, os diálogos e cenas parecerem clichê, a intenção é justamente essa: resgatar os velhos hábitos da conquista amorosa, que hoje são tidos como batidos e ultrapassados, mas que ainda são a melhor forma de conhecer, de fato, a que no futuro poderá ser a pessoa amada. Romântico, né? Já demos match no reality.