Correção: a estreia da série é no sábado (27), e não na sexta-feira (26) como publicado entre 17h10min e 22h25min de 24 de junho. O texto já foi corrigido.
A terceira e última temporada de Dark está prevista para estrear neste sábado (27) na Netflix. Combinando ficção científica e suspense, a série alemã se notabilizou pelos seus enigmas e viagens no tempo, além das linhas temporais que se entrelaçam e criam versões diferentes dos mesmos personagens — o que acaba confundindo parte da audiência.
A seguir, confira um resumo da primeira temporada de Dark:
Tudo junto e misturado
Em 1986, ocorre uma explosão na usina nuclear de Winden, pequena cidade alemã. Consequentemente, um buraco de minhoca é gerado. Localizada embaixo de onde ocorreu o acidente que proporcionou a distorção no espaço-tempo, uma caverna do lugarejo consegue conectar três tempos diferentes separados por 33 anos: 1953, 1986 e 2019. Na série, é explicado que o universo volta a mesma posição a cada 33 anos. Acima dessa caverna, há um bunker com o objetivo de fazer experimentos com viagens no tempo.
Em Dark, tudo se passa simultaneamente. Os habitantes de Winden estão presos no mesmo ciclo temporal (1953, 1986 e 2019). No caso, o futuro pode influenciar o passado, o que acaba gerando paradoxos temporais.
Cadê Mikkel? Ou Michael?
No primeiro episódio, em 2019, Mikkel Nielsen (Daan Lennard Liebrenz) desaparece na floresta. O jovem de 11 anos é filho de Ulrich Nielsen (Oliver Masucci), um policial que havia sofrido com o desaparecimento de seu irmão mais novo, Mads, em 1986. E é nesse ano que Mikkel vai parar. Lá, ele é adotado pela enfermeira Ines Kahnwald (Anne Ratte-Polle) e passa-se a chamar Michael. Ao crescer, torna-se o marido de Hanna Kahnwald (Maja Schöne) e pai de Jonas Kahnwald (Louis Hofmann). Mikkel/Michael comete suicídio no começo da trama, cinco meses antes de a criança desaparecer.
Eis um paradoxo: em algum momento, Mikkel nascerá de novo. Em 2019, a trama começa com dois Mikkel na mesma linha temporal: criança e adulto. Então, cria-se um looping que, teoricamente, duraria para sempre: a criança volta para 1986, cresce como Michael, casa, tem um filho e morre; paralelamente, há o Mikkel criança que nasce e volta para o passado, repetindo todo o ciclo.
Michael deixa uma carta antes de morrer, que só poderia ser aberta após o desaparecimento de Mikkel. Ele teme que alguém impeça seu retorno ao passado enquanto criança, mudando toda a sua história. Quem sabe, seu filho Jonas nem existiria.
Quatro famílias
Há quatro famílias principais na série: Kahnwald, Nielsen, Tiedemann e Doppler. Como já foi dito, os Kahnwald são compostos por Ines, Hanna, Jonas e Michael – que também é Nielsen como Mikkel.
A história dos Nielsen começa com Agnes (Antje Traue), que chegou à cidade em 1953 com seu filho Tronte (Joshio Marlon em 1953, Felix Kramer em 1986, e Walter Kreye em 2019). Ele se casou com Jana (Rike Sindler em 1953, Anne Lebinsky em 1986, e Tatja Seibt em 2019). O casal teve dois filhos: Ulrich (Ludger Bökelmann em 1986, e Oliver Masucci em 2019) e Mads (Valentin Oppermann). Ulrich se casa com Katharina (Nele Trebs em 1986, e Jördis Triebel em 2019), com quem tem três filhos: Mikkel, Martha (Lisa Vicari) e Magnus (Moritz Jahn).
A família Tiedemann começa com Egon (Sebastian Hülk em 1953 e Christian Pätzold em 1986), que se casa com Doris (Luise Heyer). Dessa união, nasce Claudia (Gwendolyn Göbel em 1953, Julika Jenkins em 1986, e Lisa Kreuzer em 2019), que era a diretora da usina em 1986. A filha de Claudia é Regina (Lydia Makrides em 1986, e Deborah Kaufmann em 2019). Regina se casou com Aleksander (Béla Gábor Lenz em 1986, e Peter Benedict em 2019), que é o novo diretor da usina em 2019, e dessa união nasceu Bartosz (Paul Lux). Vale ressaltar que Boris, na verdade, se chama Boris Niewald e surgiu em 1986 com um ferimento.
Família Doppler tem sua origem com Bernd (Anatole Taubman em 1953, e Michael Mendl em 1986), que fundou a usina em Winden. Com sua esposa Greta (Cordelia Wege), ele teve Helge (Tom Philipp em 1953, Peter Schneider em 1986, e Hermann Beyer em 2019). Helge é pai do Peter (Stephan Kampwirth), que é casado com a policial Charlotte (Stephanie Amarell em 1986, e Karoline Eichhorn em 2019). O casal tem duas filhas: Franziska (Gina Stiebitz) e a Elisabeth (Carlotta von Falkenhayn).
Ainda vale citar o relojoeiro H.G. Tannhaus (Arnd Klawitter em 1953, e Christian Steyer em 1986). Ele é um estudioso de viagens no tempo e cria um aparelho para essa finalidade, que repete o processo da usina. Tannhaus também escreveu um livro intitulado Uma Jornada Através do Tempo. Também há o Noah, um padre misterioso que, aparentemente, mantém sempre a mesma aparência (Mark Waschke).
Crianças desaparecidas
Além de Mikkel, outras crianças que desapareceram no tempo. É o caso Erik Obendorf (Paul Radom). Foi o sumiço dele que motivou o grupo de adolescentes a ir até a caverna procurá-lo – na qual estava Mikkel no dia em que ele próprio volta no tempo. Em seguida, quem some é Yasin Friese (Vico Mücke). Em 1986, Mads Nielsen havia sumido.
Na busca por Erik e por seu filho, Ulrich encontra o corpo de um jovem. Trata-se de seu irmão, Mads, com a mesma aparência que tinha há 33 anos. Já os corpos de Erik e Yasin vão parar em uma pilha de areia em 1953. Os três jovens possuem os tímpanos explodidos e os olhos queimados.
Erik, Yasin e Mads também atravessaram o tempo através do buraco de minhoca, porém, os três foram sequestrados para testes por Helge e Noah em um bunker. Desde 1986, os dois trabalham na criação de uma máquina do tempo. No entanto, os testes dão errado, e os meninos são desovados em outras épocas.
Viagens no tempo
Em sua investigação, Ulrich acidentalmente volta para 1953 e tenta matar Helge ainda criança. Sua intenção era evitar que, no futuro, seu filho e seu irmão sejam capturados e mortos. Helge sobrevive, e Ulrich é preso naquela época.
Em 2019, Helge é um idoso que vive em um asilo. Arrependido pelos crimes que cometeu, ele volta para os anos 1980 para convencer sua versão do passado a parar com as atrocidades, mas é ignorado. O Helge de 2019 tenta assassinar sua versão mais jovem em um acidente de carro, no entanto, somente o idoso morre.
Noah x Claudia
Noah diz que Claudia é sua principal adversária na guerra pelo controle absoluto das viagens do tempo. Ele tem um caderno com anotações que apontam o que vai acontecer. É com esse caderno que Noah convence Bartosz a ajudá-lo. Ele comenta em determinado momento que o mundo será destruído, e que ele seria uma Noé e a máquina do tempo uma arca.
Já Claudia entrega a Jonas uma manual para construir um dispositivo capaz de destruir definitivamente o buraco temporal. Porém, Noah alega que o maior prejudicado com as ações de Claudia seria o próprio Jonas.
Jornada de Jonas
Jonas vive recebendo orientações de um viajante misterioso (vivido por Andreas Pietschmann), que acaba se revelando ser uma versão mais velha dele mesmo. Em suas investigações, o Jonas de 2019 chega a voltar para 1986 e acaba preso no bunker de Helge e Noah. Sua versão do futuro aciona a máquina do tempo e abre uma fenda no espaço-tempo. Isso conecta o bunker onde o Jonas de 2019 estava preso ao que o Helge de 1953 estava. Os dois se tocam, e o Jonas de 2019 vai parar no futuro, em 2052. E assim termina a primeira temporada de Dark.
Todas as ações do passado são consequências no futuro: ação e reação aconteceram de forma simultânea na série. Em certo momento, o Jonas do futuro diz para sua versão mais jovem do bunker que já viveu aquilo, mas do outro lado. Por fim, o viajante do tempo destaca que não pode interferir em nada, pois isso mudaria o futuro, e ele próprio não seria mais o mesmo.