Em movimento liderado por La Casa de Papel, os seriados espanhóis disponibilizados pela Netflix estão conquistando seu espaço na plataforma de streaming. No ano passado, uma das apostas foi o lançamento da primeira temporada de Elite, que ganha episódios inéditos nesta sexta-feira (6).
Elite se passa em uma escola de classe alta de Madri. Com uma pegada mais adolescente, o enredo cativou o público e garantiu números relevantes para a Netflix. Em seu mês de estreia, no ano passado, a série teve mais de 20 milhões de espectadores.
Vários elementos da trama - e dos bastidores - explicam por que Elite pode ser considerado um sucesso da cultura pop. Veja:
Clima de Gossip Girl
Os fãs de Serena van der Woodsen e Blair Waldorf, após o fim de Gossip Girl, devem ter se sentido um pouco órfãos. Por conta da história se passar em uma instituição rica de Madri, Elite se assemelha ao clima criado pela série americana que se passa em Nova York. Na escola espanhola, também há espaço para flertes, festas caríssimas e jovens esportistas.
Elenco de séries espanholas de sucesso
Uma das chaves do sucesso de Elite é seu elenco. Uma das estudantes mais populares da escola é vivida por María Pedraza, que foi destaque na primeira temporada de La Casa de Papel, como Alison. A série dos assaltantes, inclusive, é o maior "importador" de talentos para Elite. Estão no elenco ainda Miguel Herrán (Rio) e Jaime Lorente (Denver).
Os rostos conhecidos não terminam por aí. O protagonista da série, Samuel, é interpretado por Itzan Escamilla, que fez sucesso em As Telefonistas. Os três novatos do elenco, nesta temporada, também fizeram outras séries: Cayetana, vivida pela atriz Georgina Amorós, participou de Vis a Vis; Valerio, na atuação de Jorge López, que vem de Sou Luna e Violetta, do Disney Channel; e Claudia Salas, da série La Peste.
Danna Paola, que vive Lucrecia na primeira fase, tem uma curiosidade peculiar. No Brasil, ela ficou famosa por atuar em Amy, a Menina da Mochila Azul, exibida pelo SBT.
Questões atuais
O preconceito por pessoas de origem árabe (centrado na personagem Nadia), a diferença de classes sociais, a descoberta da sexualidade e os primeiros relacionamentos são algumas das temáticas tratadas na primeira temporada de Elite. Na nova fase, a preocupação em se falar sobre a fase entre a adolescência e a vida adulta deve se repetir. Por isso, a identificação com o espectador é um dos aspectos mais presentes na produção.
Morte dentro da escola
No primeiro ano, Elite mostra a morte de uma estudante rica, gerando uma grande investigação dentro da instituição já que o autor do crime segue desconhecido por boa parte da temporada. Por isso, o drama de se saber quem foi o responsável pela ação, além das suspeitas geradas ao redor dos novos alunos, é o que aquece a história.
Ao contrário de 13 Reasons Why, que analisa os motivos que levaram à morte de Hannah Baker, Elite se preocupa em mostrar como os jovens tentam entender o fato e como a trama se desenrola ao redor do crime. É muito menos uma reflexão a respeito do óbito, e mais sobre as responsabilidades de suas atitudes como pessoa.
Casal gay
Após se conhecerem por um aplicativo de relacionamentos, Omar (Omar Ayuso) e Ander (Arón Piper) lutaram até dar o primeiro beijo. As famílias dos dois personagens não sabiam de suas orientações sexuais. Omar, por exemplo, precisa lidar com a família muçulmana. Cada encontro dos dois é algo emocionante de se assistir.
Miguel Herrán
Em La Casa de Papel, Miguel Herrán vive o solitário Rio, que é um jovem cheio de sonhos e que se apaixona por Tóquio (Úrsula Corberó). Em Elite, sua postura é bem diferente ao viver o divertido Christian, que está disposto a aproveitar cada segundo na escola de classe alta. Faz questão de conquistar uma nova garota, encarar os valentões e, a cada cena, tenta fazer alguma piada. A sensação é de que o espectador conhece Herrán como ele realmente é na vida real, por ser um personagem mais solto e leve.