A beleza de Letícia Spiller é inegável. No entanto, a atriz passa longe da obsessão pela eterna juventude que sua personagem, Marilda, tem em O Sétimo Guardião. Na trama das 21h da Globo, a primeira-dama de Serro Azul só pensa em se banhar na fonte secreta da cidade para alimentar seu ego. Aliás, sua intérprete não faz ideia das loucuras que ela ainda poderá colocar em prática para se manter jovem.
— Tudo pode acontecer. Ela não é boazinha, mas também não é má. É uma pessoa com uma vaidade muito grande. No começo ninguém sabia que ela se banhava lá. Mas o segredo é descoberto pela Valentina (Lilia Cabral) — lembra a atriz.
Enquanto Marilda já passou por poucas e boas para continuar usufruindo dos benefícios da fonte rejuvenescedora, Letícia não tem uma fórmula mágica para se manter em forma. Ela lista que só bebe muita água, faz exercício, ioga e não é radical com a alimentação. Segundo a atriz, o segredo é que tudo precisa ter um limite.
— Tem que ter equilíbrio. O tempo passa para qualquer um e vamos pagar pra ver. O mais importante é buscar prazer, porque o espelho é uma ilusão. A gente tem que estar bem por dentro antes de qualquer coisa. Não devemos deixar que seja de fora para dentro, que a gente seja atingida por fatores externos no sentido de coisas que nos magoam, nos causam dor, raiva, frustração ou até mesmo inveja — declara.
Aos 45 anos, Letícia ressalta que considera importante realizar atividades que a deixem feliz para amenizar o envelhecimento. A atriz conta que a dança é uma de suas paixões. Por isso, ela dedica parte de seu tempo livre para isso. E também exercita seu lado criativo com o Coletivo El Camino, grupo com o qual se apresenta.
— Se posso dançar duas ou três vezes por semana, já é maravilhoso pra mim. O Coletivo El Camino, do qual eu e a Maureen (Miranda) fazemos parte, é onde podemos nos manifestar artisticamente com as nossas poesias, letras, músicas. É um lugar que preenche a gente —, defende.
Além de atriz, Letícia é produtora. Com o filme Eu Sou Brasileiro sendo finalizado e outro em fase de captação, ela conta que essa outra função também preenche a sua vida. Letícia diz que criou vagas de estágio nas áreas de figurino, maquiagem, figuração, entre outras na região em que estava gravando durante sua primeira produção. De acordo com ela, isso também a instigou a continuar.
— O mais legal é gerar trabalho. Isso me encantou. Por mais que eu estivesse cansada na época do primeiro longa, quando eu estava gravando Salve Jorge (2012) e tivesse que ir pra Barra do Piraí (município do Rio de Janeiro), eu ia feliz da vida. Exausta, mas feliz por estar movimentando uma cidade. A figuração foi toda de lá — relata.