Eduardo Moscovis tem a difícil missão de interpretar León em O Sétimo Guardião, novela das 21h da Globo. No começo da trama, o personagem vive sob a forma de um gato. No entanto, a hora da transformação definitiva do bichano em homem se aproxima. Aos poucos, o animal vem surgindo como humano, porém encapuzado. Mesmo sem mostrar o rosto, ele surge para ajudar Luz (Marina Ruy Barbosa) e Judith (Isabela Garcia).
— A única coisa que sei é que ele começa gato por ter infringido uma regra. Conversei muito com a equipe sobre a transformação, porque o efeito tem que ser preparado com um tempo grande de antecedência — despista o ator.
Desde o primeiro capítulo de O Sétimo Guardião, León chama a atenção do público. Seja pela presença do gato em cena ou pelo mistério em torno de seu passado. O que já foi revelado é que Gabriel (Bruno Gagliasso) precisa ser o próximo guardião-mor da fonte milagrosa de Serro Azul para que o castigo de León acabe. Enquanto isso, seu intérprete tem se preparado e já torce pelo carinho dos telespectadores.
— O assédio do público é bem-vindo se aumentar por causa do gato. O trabalho que temos feito é pegar um pouco da característica do animal mesmo. Já que a gente está tratando de um realismo fantástico, que o Aguinaldo (Silva, autor) muito habilmente faz, é um prato cheio poder brincar com essa coisa felina — revela Moscovis.
O ator conta, ainda, que está feliz por voltar às novelas. A sua última foi A Regra do Jogo, em 2015. Antes disso, ele passou dez anos afastado deste tipo de projeto. Segundo ele, foram várias as razões para que aceitasse o convite agora.
— Tudo me motivou a voltar. Tem o fato de ser uma novela do Aguinaldo, que foi quem escreveu a primeira novela que fiz, Pedra Sobre Pedra (1992). Depois fiz outra dele: Senhora do Destino (2004). Tem a equipe do Rogério (Gomes, diretor) que é muito legal. Então, são vários atrativos; é uma qualidade artística que eu acredito — relata.
Sem saber detalhes do futuro de León, Moscovis diz que isso faz parte do ofício, pois novela é uma obra aberta. Mas é também uma jornada longa e mudanças podem surgir no caminho.
— No final das contas, fazer uma novela é sempre mais ou menos isso. Existe uma intenção, mas não necessariamente quer dizer que vá acontecer, porque depende muito da reação do público, de como o personagem é recebido. O interessante é que você vive como se fosse a sua vida. Ela realmente é feita de surpresas — conclui.