A animação Super Drags ainda não foi lançada, mas já é motivo de polêmica. O deputado federal Alan Rick (DEM/AC) lançou uma nota de repúdio ao desenho que será divulgado pela Netflix na próxima sexta-feira (9). Segundo ele, o programa é "mais uma ataque às nossas crianças".
Com o título "repúdio a desenho animado de conotação sexual", a nota defende a família como formadora da moral de crianças e adolescentes – e não um desenho.
"A psicologia e as leis reconhecem a necessidade de respeitar a fragilidade psicológica das crianças, razão pela qual a constituição determina a classificação indicativa de programa de televisão e rádio (art. 220), e o Estatuto da Criança, em seu artigo 79, determina que toda publicação dirigida ao público infanto-juvenil respeite os valores éticos da pessoa e da família. O que estamos vivenciando e confrontando no Congresso são tentativas sórdidas de influenciar sexualmente nossas crianças", diz um trecho da nota.
Com cinco episódios, Super Drags tem classificação indicativa de 16 anos e relata a história de Lady Elza, que trama um atentado ao público do show da cantora Goldiva, dublada por Pabllo Vittar.
O roteiro da atração teve consultoria da drag queen Suzy Brasil e seus autores se inspiraram na pioneira Silvetty Montilla, uma das vozes do desenho.
Neste sábado (3), logo após a publicação da nota do deputado, a Netflix publicou um tuíte mostrando um tutorial de como os pais podem limitar o acesso dos filhos a determinados programas: "Nem tudo é pra todo mundo e quem controla é você".