Nesta terça-feira (27), o programa Amor e Sexo enviou mais um recado à sociedade ao falar sobre a importância do movimento LGBT. Para falar sobre o assunto, a atração apresentada por Fernanda Lima recebeu o grupo Os Não Recomendados, a drag queen Pabllo Vittar e o cantor Johnny Hooker. Em um dos quadros, a cantora gaúcha Valéria Houston entrou no palco e caprichou em sua performance.
Uma das convidadas, Daniela Mercury falou que o maior orgulho no momento é a de ser uma representante assumida do movimento LGBT, por "trazer isso para o plano da normalidade". Johnny Hooker concordou com a cantora e acredita que ser nordestino e gay é algo importante para o movimento por ele "colocar todo mundo com a cara no sol".
Pabllo Vittar também não fugiu da linha no discurso ao contar sobre sua revelação à família:
— Sempre fui muito livre. Aos 15 anos, cheguei em casa dizendo para a minha mãe que eu era gay. Ela já sabia, mas apoiou. Mãe é mãe, ela sente e sabe, o amor é o mesmo.
O show de Valéria
No quadro Show de Talentos do Bishow, o Amor e Sexo convidou Pabllo Vittar, Johnny Hooker e Gloria Groove para apresentarem os talentos de diversas partes do Brasil. Groove optou por Valéria Houston, cantora gaúcha trans.
— O valor que dou para histórias que essas pessoas dessa geração tem por nós é o que possibilita estarmos aqui. Ela nos ensina isso — adiantou a cantora do hit Bumbum de Ouro.
A seguir, Valeria entrou no palco e apresentou a faixa Tango do Mal, de Simone Mazzer. Com uma performance muito aplaudida, ela aproveitou o embalo para agradecer a presença e falar sobre a sua presença no movimento LGBT:
— A gente pinta a cara, mas não é palhaça. Pessoas trans não vivem, elas resistem. É algo diário. Você tem que provar quatro vezes a mesma coisa. A gente desse movimento do MPB trans estamos dando a cara a tapa, e estaremos aqui da mesma maneira.
Além de receber os convidados e debater sexo de maneira descontraída, o Amor e Sexo fez uma reflexão sobre a personalidade de Cazuza, morto em 1990 em decorrência de HIV. Para falar sobre o assunto, o programa recebeu a mãe do astro, que contou mais sobre o instituto Viva Cazuza, que ajuda crianças e adolescentes portadoras da doença.
— O Angenor [nome real de Cazuza] foi o sol da minha vida, continua sendo até hoje. Eu convivo com a morte dele até hoje. Choro todos os dias, vou cuidar das crianças. A AIDS ainda não tinha cura, então abri uma casa para mudar esse cenário — finaliza.