A noite desta quinta-feira (27) é especial para Léo Pain, que disputa a grande final do The Voice Brasil, e também representa muita expectativa para Michel Teló. O cantor de Ai Se Eu Te Pego foi o técnico do gaúcho nas audições do reality musical e pode garantir o tetra campeonato em caso de vitória. Em entrevista a GaúchaZH, ele falou sobre este momento, que o classifica como "surreal", e o quanto o cantor de Alegrete se destacou nas audições.
1. Quais características do Léo mais te marcaram? O que mais admira nele?
O que mais me marcou, primeiro, foi o timbre, muito bonito, e com a voz muito clara. Você vê a afinação e firmeza da voz dele. Quando virei a cadeira, vi que era um cara que tinha muito estilo, muita estrada, muita luta - você vê pela voz quando o cara tem isso, já de vida. Então, respeito muito ele por isso. E um "timbraço", ele canta muito!
2. Como foi esse período de troca com ele? Você chegou a indicar músicas ou a maioria foi apontada por ele?
Nesse período, são 18 participantes, então é uma equipe grande que a gente tem que cuidar. Quando o participante entra no The Voice, ele manda uma lista do que mais o agrada em cantar e vamos escolhendo isso juntos, vendo o que achamos que vai ser mais forte para cada momento da competição.
3. Quando ele apresentou La Barca, o que você sentiu? Quais outros estilos são a cara do Léo?
Não tinha dúvidas de que ele ia cantar muito bem. Eu também sou muito fã de Luis Miguel, sempre fui, então me sinto em casa com essa canção. Com aquele vozeirão, tinha certeza que ele ia cantar muito bem, porque ele tem uma voz empostada muito forte.
4. O Léo disse que vocês já se apresentaram duas vezes juntos, no passado, em shows seus. Você tem alguma lembrança dessas apresentações?
Já cantamos duas vezes juntos no passado. A vez que me apresentei, quando ele ainda tinha uma dupla. Eu estava no começo da carreira solo, e em quase todos os meus shows eu convido pessoas pra cantarem comigo, então são muitos shows. Quando conversamos, nos bastidores, eu comecei a lembrar mesmo que tínhamos cantado juntos.
5. O Léo diz que gostaria de gravar contigo. Já cogitou algo a respeito disso?
Acho que podemos achar uma moda boa, seria uma honra pra mim, uma moda para tocar no Brasilzão inteiro. O que eu puder ajudar na carreira dele, independente do programa, vou fazer de tudo.
6. Você pode se tornar o tetracampeão do reality. Por que você acha que consegue atrair vencedores?
Olha, realmente, é surreal. Se der certo o tetracampeonato, entramos na briga, eu tive sorte de fazer boas escolhas durante todas essas temporadas. Foram boas escolhas de repertório e que acabaram dando certo.
7. O sertanejo se destacou no setlist das audições do The Voice. Por que acredita que o estilo domina o reality?
Acho que foi bem equilibrado, e teve bastante sertanejo, sim. Mas teve de tudo, se você olhar, de tudo um pouco mesmo. A música sertaneja é muito forte, a mais tocada no país, e isso acaba refletindo. É justo e normal.
8. Teve alguma performance marcante do Léo dentro do The Voice em que você sentiu que ele iria mais longe? Por que?
Eu senti que ele ia mais longe desde as ‘Audições às Cegas’, desde que ele cantou Dormi na Praça. Inclusive eu falei pra ele: "Cara, tô sentindo que esse ano vou ganhar com um sertanejo". Ele nem tinha me escolhido ainda, mas foi uma boa frase, já acreditei nele!
9. O que vocês tem em comum, além do estilo musical?
O Léo é um cara do sul, que já cantou música nativista, tem a música gaúcha no sangue e eu, por ser filho de gaúcho, fui criado em CTG a minha infância toda. Me identifico com a maneira dele de tocar a vida, com relação à família, amor à música e essa luta de estrada.