Os espectadores gaúchos do The Voice Brasil devem ter reparado um detalhe marcante do Estado logo nas primeiras audições. O cantor Léo, um dos finalistas do reality musical, tem o mesmo sobrenome do nativista Wilson Paim, 55 anos. Não é por menos: o artista é sobrinho do músico local.
Em entrevista a GaúchaZH, Wilson revela que tem acompanhado a trajetória do cantor. Ele reuniu a família em um grande jantar nesta terça-feira para acompanhar a semifinal:
— Esta foi a noite mais nervosa de todas as edições, porque ele vinha cantando o repertório que ele domina. Passou pelo bolero na semana passada. Foi uma noite atípica, a primeira vez que o vi cantando espanhol. E ontem tudo poderia acontecer.
Após as apresentações desta terça-feira (25), Paim acredita que o sobrinho irá conquistar o título, até mesmo porque ele teve três pontos a mais que Kevin Ndjana na pontuação final:
— O Kevin fez uma performance muito bacana, cantando Michael Jackson, ele é fortíssimo e tem um carisma muito grande! A diferença é que o Léo tem apelo ao público — compara.
Em um tempo não tão distante
Atualmente morando em Tramandaí, Wilson lembra que Léo teve uma infância linda, "de criança mesmo", e sempre com muito carinho de todos. Descreve ele como uma pessoa muito organizada:
— Isso é muito dele. Sempre foi muito organizado com as coisas dele. É um guri de muita qualidade como pessoa. A característica mais marcante é ele ser o que ele é realmente, de ter o tido o berço que teve. Sempre foi muito comunicativo, era criança muito ativa.
Ainda na adolescência, o cantor nativista indicou Léo para cantar em um festival de CTG, o que deu início à carreira dele em todo o Estado. Desde então, foram mais de 40 prêmios por performances e como artista revelação, sempre ao lado do irmão Chico.
O músico prefere ver o sobrinho cantando música nativista, por estar seguindo os seus passos, mas entende o gosto de Léo pelo sertanejo universitário. Durante as etapas do reality, por exemplo, os dois têm trocado mensagens:
— O máximo que faço é dar dicas, que ele precisa pensar por ele próprio. O que mais envio são palavras de força, como "tu és grande e maravilhoso", e que ele não pode perder a humildade, ser tranquilo e, no palco, dar tudo o que consegue.
Em relação à grande final, tem uma dica muito clara a todos que o procuram:
— Sempre peço o seguinte: não fique só torcendo e orando, votem (risos). Precisamos colocar o dedo no celular, tem que votar. Para a carreira dele, já é uma grande vitória, ainda mais chegando onde está. Como ele diz, se for para ele, está escrito, e será assim.