Pedro Bial não economizou nas atrações na semana de estreia da segunda temporada de seu programa na RBS TV. Nesta quinta-feira (5), foi a vez de Jorge & Mateus sentar no sofá do Conversa com Bial, depois de entrar no estúdio ao som de Propaganda, que se tornou "carro-chefe" do novo álbum da dupla, Terra sem CEP.
– Quando a gente se propõe a fazer um trabalho, essa escolha do repertório é uma coisa que sempre nos preocupa bastante e, como hoje existem essas plataformas digitais em que você lança a música e as pessoas já começam a consumir, a gente deixa meio que "frouxo" isso aí. A música que as pessoas consumirem mais talvez seja a música de trabalho – explica Jorge.
Apenas dois dias após o lançamento do disco, em fevereiro, as 14 faixas já estavam entre as cem músicas mais tocadas nas plataformas digitais brasileiras.
– O legal é que você consegue mensurar muito rápido o que seu público está escutando. A partir do momento que você lançou, com essas plataformas digitais você já consegue saber para que lado você vai trabalhar. É muito rápido. É instantâneo – completou Mateus.
Com 13 anos de carreira, a dupla relembrou o início da trajetória musical, quando Jorge largou a faculdade de Direito e Mateus, a de Engenharia.
– Nós já tinhamos nos visto algumas vezes em festivais de música. Como eu sou quatro anos mais velho, as nossas gerações eram um pouco diferentes, e depois vai entrando na mesma rodinha. Quando eu tinha 16 anos, o Mateus tinha 12 e ele já cantava em festivais de música e eu também, então, quando eu já estava com 22 e ele com 18, nós tínhamos amigos em comum e, no interior, o que a gente faz num churrasco bebendo cerveja? Então tivemos a oportunidade de um dia sentar, pegar o violão e cantar – lembra Jorge.
Questionados sobre o que os levou a ajudar a impulsionar a dupla Maiara e Maraisa, Jorge argumentou ter achado muito bonito o fato de se tratar de um dueto feminino:
– E o sonho, cara. Quando você olha nos olhos das pessoas e vê que elas realmente elas querem aquilo, que elas acreditam...
Assumidamente "caseiros", os músicos também revelaram que ouvem mais de 2 mil músicas por ano para entender o que a nova geração está compondo, e opinaram sobre os rumos do sertanejo no Brasil.
– Não dá para dizer que a música sertaneja de hoje é a música sertaneja da década de 70, da década de 80, da década de 90. Não dá! Automaticamente, os novos personagens da música sertaneja, eles vão colocando as influências musicais que têm. No meu caso, eu nasci no início da década de 80 e o Mateus em 86, então a gente escutou muita coisa diferente não só na música sertaneja. Mas assim, aquela influência do pop nacional – finalizou Jorge.