Um dos melhores programas da TV aberta, o Profissão Repórter (RBS TV) é um compromisso semanal. A atração, que nasceu como um quadro do Fantástico, está há 11 anos no ar e aborda assuntos relevantes para a sociedade brasileira. E, em tempos de plataformas de vídeo sob demanda, não dá nem para reclamar do horário de exibição – toda quarta-feira após a rodada do futebol, ou seja, por volta da meia-noite – para justificar não acompanhar, basta recuperar pelo Globo Play.
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Nesta temporada, as pautas têm sido uma melhor do que a outra: já falou sobre obesidade, legalização da maconha, conflitos no campo, entre outros temas. Nos dois últimos episódios, Caco Barcellos e equipe mostraram dois problemas sociais de repercussão: o aumento no número de moradores de rua no Rio de Janeiro e em São Paulo e o racismo. Como de costume, o programa não apenas elencou números, mas humanizou o assunto, dando rostos e vozes às pessoas que sofrem cotidianamente. Ficar imune às histórias reveladas é praticamente impossível. Como não se emocionar com a mãe, grávida de oito meses, que dorme num barraco improvisado em uma praça no centro de São Paulo com dois filhos pequenos? Ou então com o gaúcho que dorme nas ruas do Rio enquanto buscas pistas do paradeiro do pai? No episódio desta quarta (26), o programa vai encara a violência no Rio e o seu reflexo nos hospitais públicos.
Além de mostrar os personagens, a atração ainda é uma aula de jornalismo por exibir os debates éticos que Caco tem com os jovens repórteres sobre a condução das reportagens. Nenhuma história fica sem contraponto. Os vários lados de uma mesma questão sempre são abordados. Lições importantes para os jornalistas e também para o público.