Depois de um dia de muita correria, nada como chegar em casa, sentar no sofá e se desconectar da rotina acelerada diante da TV, assistindo à grama crescer, à tinta secar e à lenha queimar. Esse é mais ou menos o espírito da chamada Slow TV, que eleva ao grau de arte e entretenimento a mera proteção de tela. O conceito começou a ganhar corpo na Noruega, em 2009, e consiste na exibição de longas maratonas com imagens em que, basicamente, nada acontece além do registro de uma situação banal conduzida por sua (in)ação espontânea e pelo imponderável. Nos últimos anos, emissoras como a britânica BBC viram o potencial de audiência dessa inusitada atração e até mesmo a Netflix já reforçou seu cardápio com títulos como os autoexplicativos Lareira crepitante e Ventinho refrescante, este com um ventilador espalhando sua brisa imaginária.
Luz, câmara, inação
De maratonas de tricô a lareiras queimando: conheça a Slow TV, que chega à Netflix
Registros de eventos banais com longa duração conquistaram o público na Noruega e seduziram canais de TV na Europa
Marcelo Perrone
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