Foi em 1945 que a primeira tribo carnavalesca de que se tem notícia, Os Caetés, foi vista pelas ruas de Porto Alegre. De pés descalços, rosto pintado e vestindo fantasias inspiradas em etnias indígenas, um grupo formado majoritariamente por homens negros da periferia passava pelos coretos da cidade cantando: "Nós somos Os Caetés/ Índio forte e destemido/ Nosso pai é o Sol/ Nossa mãe é a Lua/ Abençoa, Senhor, os nossos coirmãos/ Saravá, saravá para eles/ Que combatem sem temor". Era a inauguração despretensiosa de uma manifestação cultural genuinamente porto-alegrense e única no país, que viveria seu auge nos anos seguintes e viria a marcar para sempre o Carnaval da cidade.
História que persiste
Notícia
Como a tradição indígena definiu a identidade do Carnaval de Porto Alegre
Manifestação artística viveu seu auge nos anos 1960 e 1970. Hoje, a única entidade remanescente é Os Comanches
Camila Bengo
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