Felipe Neto voltou a ser destaque na imprensa internacional. Depois de criticar a gestão de Jair Bolsonaro durante a crise causada pelo coronavírus em vídeo do New York Times e de integrar a lista das pessoas mais influentes de 2020, feita pela revista Time, o empresário e youtuber concedeu uma entrevista ao The Guardian.
Novamente, ele teceu críticas ao governo Bolsonaro e disse que a figura do presidente é "ignóbil e repulsiva, com todo o seu jeito rude e violento de ser".
— O Brasil hoje é como uma casa em chamas. Alguns moradores apoiam o fogo e outros simplesmente se recusam a pegar o extintor porque acham que é muito pesado, dá muito trabalho, é uma perda de tempo, vão perder oportunidades — comentou Neto.
Ao longo da entrevista, o youtuber também falou sobre notícias falsas associadas a ele envolvendo pedofilia. Segundo ele, os ataques teriam diminuído porque "eles perceberam que não funcionou ... que a população não se voltou contra mim".
Na sequência, Neto falou sobre o indiciamento por supostamente ter publicado conteúdo impróprio para crianças e adolescentes em seu canal. Ele defende que o conteúdo em questão foi feito antes de o YouTube introduzir restrições de idade e que há muito tempo já sinaliza o que é inadequado pra espectadores mais jovens.
— É apenas uma das muitas tentativas de perseguição e silenciamento praticadas pela extrema direita — disse Neto, que acredita que os ataques fazem parte de uma campanha organizada contra os críticos do presidente.
— (Os apoiadores de Bolsonaro) ficam mais fortes com mentiras, com radicalização e o uso de algoritmos para fazer lavagem cerebral na população. Se não fosse por isso, o bolsonarismo não existiria — acrescentou.