Allan Bastos, bailarino da comissão de frente da Mangueira, foi alvo de ataques racistas nas redes sociais no último sábado (1°). Perfis falsos, principalmente, utilizaram uma imagem dele publicada em 12 de junho para disseminar o preconceito.
Na publicação original, Allan usou duas fotos suas lado a lado, como um antes e depois. Na descrição, ele se inspirou no meme que relata "o início de um sonho / deu tudo certo", para se referir ao black power que deixou crescer.
Porém, a publicação foi compartilhada por alguns perfis falsos ridicularizando o cabelo do jovem e o chamando de macaco. O bailarino, então, compartilhou em seu Instagram prints de alguns dos tuítes e afirmou que iria denunciar os perfis.
No mesmo dia, a coreógrafa Priscilla Mota, também da Mangueira, fez uma publicação em seu Instagram sobre os ataques que Allan estava sofrendo: "Estamos juntos nessa batalha e eu conto com a ajuda de todos os meus amigos aqui do Instagram. Convido vocês a irem ao Twitter denunciar todos esses perfis que promovem o ódio e a falta de liberdade".
Depois disso, as atrizes Cacau Protásio e Juliana Alves também se mobilizaram e compartilharam a publicação de Priscilla como forma de apoio ao bailarino. "Seu cabelo crespo black power nos encanta e nos inspira", postou Juliana.
Allan se pronunciou pela primeira vez na terça-feira (4), pelo Instagram, falando sobre toda repercussão e o apoio que tem recebido depois do caso: "Independente da forma cruel que tenha sido, eu estou muito feliz que tem gente comigo. Artistas que admiro há muito tempo, que eu jamais imaginei que poderiam me escutar, me escutaram e me deram voz. Hoje eu não choro mais de tristeza, são lágrimas de felicidade por ter conseguido o que eu queria, que era ter voz por nós".