Nesta sexta-feira (19), o Museu Nacional anunciou que conseguiu resgatar o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas. A peça era uma das mais emblemáticas do acervo brutalmente atingido pelo incêndio no casarão Quinta da Boa Vista.
Apesar do crânio ter sido encontrado em fragmentos, segundo os cientistas, a restauração é possível, mas depende do repasse de verba do Governo Federal para reabrir o laboratório do museu. O local é gerido pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Responsáveis pelo resgate afirmam que o crânio de 12 mil anos foi encontrado nessa semana. Cerca de 80% dos fragmentos de Luzia foram identificados. Em entrevista coletiva, a direção do Museu Nacional comemorou o achado:
— O crânio foi encontrado fragmentado. Já achamos praticamente todo o crânio e 80% dos fragmentos já foram identificados e podemos aumentar esse número — disse Alexander Kellner, diretor do museu.
LUZIA
O esqueleto humano mais antigo do Brasil, e um dos mais antigos de todo o continente americano, com 12 mil anos de idade, correspondente a uma mulher jovem. Encontrada nos anos 1970, numa gruta em Pedro Leopoldo (MG), região metropolitana de Minas Gerais, ela tinha feições peculiares, semelhantes às dos aborígines australianos atuais e diversas das dos indígenas modernos. Há crânios similares em coleções da USP e da Dinamarca, mas nenhum tão antigo quanto o del