Como a festa popular que é, o Carnaval 2018 do Rio de Janeiro acabou com o público dentro da Sapucaí ao som da Beija-Flor, última escola a chegar na Praça da Apoteose na madrugada desta terça (13). Antes dela, outras 12 escolas desfilaram críticas, homenagens e uma diversidade de temas que coloriram a Marquês de Sapucaí nos últimos dois dias.
Prevista para ocorrer na tarde desta quarta-feira (14), a apuração das notas vai revelar quem voltará para a avenida no próximo fim de semana - as seis primeiras retornam no sábado para o desfile das campeãs. Antes do resultado final, palpites de comentaristas já sugerem quem deve levar o título este ano.
Jornalista e comentarista de GaúchaZH, Renato Dorneles, que acompanhou de perto os desfiles cariocas, aposta na Salgueiro para o título.
Zé Alberto Andrade, também da equipe de Carnaval de GaúchaZH, segue a mesma linha e acredita na vitória da vermelho e branco, que levou para o sambódromo uma homenagem às mulheres negras.
Contra a maré, Cláudio Brito deseja ver a Paraíso do Tuiuti como a grande vencedora:
— Não arrisco, tenho um sonho: Tuiuti. As três primeiras para mim, independente da ordem, são aquelas que fizeram manifestações politicamente corretas: Tuiuti, Mangueira e Beija-Flor. Considero as três dentro do mesmo tema, com variações — defende.
O comentarista completa:
— Salgueiro, Portela e Mocidade completam a lista — finaliza.
Fred Soares, da Rádio Tupi, também acredita que a Salgueiro vai levar a melhor este ano e vai além: diz que a Beija-Flor não foi bem, mas que a Grande Rio é forte candidata a cair.
O tradicional Estandarte de Ouro, concedido pelo jornal O Globo, também destacou o desfile da Salgueiro. Na categoria bateria e samba-enredo, o título não-oficial premiou a Mocidade Independente de Padre Miguel, que exaltou a história da Índia. Com um desfile tomado de críticas sociais, a Paraíso do Tuiuti também foi lembrada por sua comissão de frente, que retratou escravos negros.
Para o portal UOL, a Salgueiro deve disputar o título com a Mangueira, que desfilou na primeira noite e mencionou explicitamente o corte de verbas da prefeitura carioca às escolas de samba este ano e colocou o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, como um boneco de Judas na Sapucaí.