Ao que parece, o imbróglio em que a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) está envolvida há mais de 10 anos, relacionado à construção de uma sede definitiva, começou a ser resolvido na última segunda-feira. A passagem do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, pela Capital foi marcada pelo anúncio de mudanças no projeto que previa a construção de um teatro que funcionará como sede oficial da orquestra.
O espaço no Parque Mauricio Sirotsky Sobrinho, onde seria a sala sinfônica, terá um teatro aberto, um museu e salas de aula. A prioridade agora passa a ser a reforma e a transformação da atual Sala de Ensaios da Ospa, localizada no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), na Casa da Música da Ospa – um projeto que prevê uma sala de concertos com 1,1 mil lugares (entre mezaninos, camarotes e poltronas), além de espaços para o Coro da Ospa, a Ospa Jovem, salas de estudo, camarins e uma sala multiuso.
No anúncio do que foi chamado de "repactuação" – com as presenças do governador do Estado, José Ivo Sartori, e do secretário da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Victor Hugo –, foi destacado o fato de que o novo projeto prevê gastos de apenas R$ 10 milhões para as duas obras, com a entrega da Casa da Música até março de 2018 – o projeto anterior custaria cerca de R$ 40 milhões (sendo R$ 23 milhões públicos e o restante via patrocínios).
– A prioridade da Ospa é ter sua casa. Circulamos por todos os públicos, tocamos em diversos lugares da cidade, mas a questão do nosso espaço é algo que precisamos resolver, para construir uma identidade, trabalhar as questões acústicas do espaço. E o que temos na mão, com um custo bastante compatível com a realidade, é a nossa sala – comemora o diretor-artístico e maestro da Ospa, Evandro Matté.