ELA
(Her) – De Spike Jonze. Com Amy Adams e Chris Pratt. Hypado drama com um pé na ficção científica sobre um homem que se apaixona pela voz de um sistema operacional – e que na versão original é de Scarlett Johansson, o que faz todo o sentido, convenhamos. Não, o filme não é afetado, ao contrário do que pode parecer. Tem um visual lindo (cálido, cheio de cores quentes) e está cheio de reflexões interessantes (não óbvias) sobre a solidão no mundo contemporâneo. E tem Joaquin Phoenix, talvez o melhor ator de sua geração nos Estados Unidos. Drama, EUA, 2013, 126min. Max Up, sábado, 18h50min
OS BONS COMPANHEIROS
(Goodfellas) – De Martin Scorsese. Com Ray Liotta, Robert De Niro e Joe Pesci. Monumental trama de ascensão e queda de mafiosos da Little Italy nova-iorquina. Trata-se de uma coletânea de sequências dirigidas magistralmente por Scorsese e que se tornaram icônicas dos filmes deste subgênero hollywoodiano por excelência – o dos filmes de máfia. Vale lembrar que é uma história real baseada no livro-reportagem Wiseguys, de Nicholas Pileggi. Policial, EUA,
1990, 146min. Warner, sábado, 22h30min
CRÍTICO
De Kleber Mendonça Filho. Antes de dirigir O som ao redor (2012) e Aquarius (2016), o crítico e cineasta pernambucano, habitué do Festival de Cannes, fez uma bateria de entrevistas, muitas delas na Croisette, que discutem o cinema a partir do conflito entre o realizador e o observador que se propõe a refletir sobre os filmes. O diálogo sobre a crítica é interessantíssimo. Documentário, Brasil, 2010, 75min. Curta!, sábado, 22h30min
BOYHOOD – DA INFÂNCIA À JUVENTUDE
(Boyhood) – De Richard Linklater. Com Ellar Coltrane, Lorelei Linklater, Ethan Hawke e Patricia Arquette. Este drama ficcional acompanha o crescimento de um menino ao longo de 12 anos. É a estética hiper-realista a chave de seu encanto: com saltos no tempo abruptos e um roteiro em reelaboração constante, Boyhood se conforma a partir de uma combinação rara, talvez única, de naturalidade e complexidade na abordagem das angústias e das descobertas desse momento da vida, fazendo parecer a própria realidade se descortinando diante dos olhos. Um arrebatador ensaio sobre a passagem do tempo, cru em seu retrato da violência doméstica e da imaturidade dos pais contemporâneos, temas caros ao melhor cinema independente norte-americano das últimas décadas. Drama, EUA, 2015, 165min. Telecine Cult, domingo, 19h
WALL STREET – PODER E COBIÇA
(Wall Street) – De Oliver Stone. Com Charlie Sheen e Daryl Hannah. Um dos melhores, se não o melhor filme de Stone, este clássico oitentista é também o grande registro da geração yuppie – ou simplesmente geração Y. Narra a ascensão de um jovem ambicioso no mercado de ações, sob a sombra de um bilionário (Michael Douglas) – que voltaria no igualmente bom Wall Street –
O dinheiro nunca dorme (2010), por sua vez conectado com a crise econômica da virada da década passada. Drama, EUA, 1987, 145min. Telecine Touch, domingo, 19h40min
PERFUME DE MULHER
(Scent of a woman) – De Martin Brest. Com Al Pacino e Chris O'Donnell. Diretor bissexto (é dele o cult Um tira da pesada), Brest assina esta refilmagem de um longa italiano homônimo de 1974, dirigido por Dino Risi e estrelado por Vittorio Gassman. Não é exatamente uma maravilha, mas deu a Pacino seu único Oscar, pelo papel de um militar cego aposentado que sonha passar um fim de semana em Nova York. Drama, EUA, 1992, 153min. Studio Universal, domingo, 20h
TV aberta:
GAMER – De Mark Neveldine e Brian Taylor. Com Gerard Butler, Amber Valletta e Michael C. Hall. Um novo jogo de videogame é a febre do momento: põe condenados lutando para sobreviver como se fossem personagens virtuais, sendo controlados por jogadores online. A trama acompanha o astro principal do jogo, que precisa lutar pela vida e ainda almeja derrubar o sistema que o aprisiona. Ação/Ficção científica, EUA, 2009, 95min. RBS TV, madrugada
de sábado para domingo, 2h10min
MEU JAPÃO BRASILEIRO – De Glauko Mirko Laurelli. Com Amácio Mazzaropi. Em sua série dedicada ao comediante Mazzaropi, a TV Brasil apresenta este curioso título no qual o lendário ator interpreta o agricultor Fofuca, que articula a formação de uma cooperativa agrícola em meio a uma comunidade rural nipo-brasileira – e tem de enfrentar a fúria de um patrão explorador. Comédia, Brasil, 1965, 102min. TV Brasil, domingo, 16h30min