Em entrevista ao programa Timeline Gaúcha desta sexta-feira (1º), Sérgio Paulo Rouanet afirmou que ficaria “aliviado” se alguém inventasse uma nova lei e retirasse o seu nome dela:
“Não é agradável (ter o sobrenome na lei). Algumas pessoas que não sabem como funciona, acham que a própria lei, como tal, seria autora de desvirtuamento. Não é a lei e sim a maneira como ela foi administrada. Eu ficaria aliviado se alguém inventasse nova lei e colocasse o nome nela”.
O diplomata, filósofo e imortal da Academia Brasileira de Letras fez esse desabafo ao comentar os desvios descobertos na Operação Boca Livre. Na quarta-feira, o Ministro da Cultura, Marcelo Calero, afirmou à Rádio Gaúcha que mudanças bruscas vão ocorrer ainda esse ano.
Para ele, o nome “Boca Livre” não é uma ofensa pessoal: “O nome da operação é debochado. Mas não interpretei como crítica pessoal a mim, e sim a maneira como a lei foi administrada. Não tive ameaça de um ataque do coração”, brincou.
Rouanet disse ainda que, se fosse convidado a redigir um novo texto, tornaria a lei menos burocrática e com mecanismos de fiscalização mais eficientes.