Tranquilo e infalível como Bruce Lee. Caetano Veloso sintetizou, na canção Um Índio, duas características marcantes do lutador e ator sino-americano que morreu aos 32 anos, em 1973, imortalizado como um ícone das artes marciais e da cultura pop.
Os 75 anos do nascimento de Lee, celebrados nesta sexta-feira, são razão para seus fãs brasileiros ganharem de presente uma mostra com filmes estrelados pelo mestre do kung fu. Em Porto Alegre, estão em exibição até a próxima quarta, no Espaço Itaú, quatro longas: O Dragão Chinês (1971), seu primeiro grande sucesso, A Fúria do Dragão (1972), O Voo do Dragão (1972) e Jogo da Morte (1978), projeto que deixou inacabado ao morrer e foi complementado com dublês e cenas de outros filmes seus.
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Todos os títulos são apresentados em cópias digitais DCP de alta resolução, a partir de negativos originais remasterizados. A distribuidora Sato Company anuncia ainda que os filmes estão em suas versões integrais, com cenas não incluídas nas versões lançadas em DVD ou exibidas na TV, e com os diálogos em mandarim e cantonês.
"Ausência" retrata a vida de garoto de subúrbio
Em exibição em 12 capitais, a mostra não traz o maior êxito internacional de Lee, Operação Dragão (1973), recentemente exibido no circuito em cópia restaurada. E na seleção de Porto Alegre não estão os documentários sobre ele presentes em outras praças.
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Bruce Lee nasceu em San Francisco, nos EUA, durante uma passagem pela cidade da companhia artística integrada por seus pais. Foi criado em Hong Kong - sua mãe pertencia a um abastado clã da então colônia britânica - e cresceu aprimorando um impressionante dom para as artes marciais e exercitando a veia artística em pequenos papéis no cinema.
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Aos 18 anos, Lee foi estudar nos EUA, onde desenvolveu métodos próprios de luta e preparação física e mental. A popularidade nos tatames o levou para a TV - encarnou Kato no seriado Besouro Verde (1966). Sem querer ser eterno coadjuvante em Hollywood, Lee voltou para Hong Kong para conquistar o mundo no muque e no grito. Morreu no auge da fama, em decorrência de um mal súbito em meio ao tratamento de um edema cerebral, embora a lenda alimente diferentes teorias da conspiração para seu assassinato.
Em cartaz no Espaço Itaú 8
- O Dragão Chinês (1971) - Para resolver misteriosos desaparecimentos, rapaz quebra juramento de nunca mais se envolver em brigas. Exibição: hoje (17h30)
- A Fúria do Dragão (1972) - Lutador deseja vingar a morte de seu professor assassinado. Exibições: hoje (19h30) e quarta (17h30)
- O Vôo do Dragão (1972) - Jovem chega a Roma para trabalhar no restaurante dos primos e tem de encarar gângsteres que querem tomar o local. O então desconhecido Chuck Norris mede forças com Brece Lee na antológica sequência no Coliseu. Exibições: amanhã (19h30), segunda (17h30 e 19h30) e quarta (19h30)
- Jogo da Morte (1978) - Famoso lutador que se recusa a entrar em sindicato do crime forja sua própria morte para inicar sua vingança. O então astro do basquete Kareem Abdul-Jabbar faz um dos vilões. Exibições: amanhã (17h30) e terça (17h30 e 19h30)