Acabou, gente! Infelizmente, chegamos ao fim da viagem proposta por Lícia Manzo lá em março. Nos últimos meses, o público sofreu cada minuto com personagens atormentados, mas que chegam ao fim da trama bem mais leves, após deixarem pelo caminho muitas mágoas, traumas e amores mal-resolvidos.
O marinheiro dessa história, Miguel (Domingos Montagner), foi o personagem que mais evoluiu do último capítulo até aqui. Depois de superar os traumas do passado, ele finalmente recolheu a âncora e seguiu em frente, com o barco cheio de filhos e esperanças de um futuro feliz. O capitão dessa viagem, sem dúvida, foi o amor de Lígia (Débora Bloch), que guiou Miguel por caminhos que ele jamais imaginou trilhar. A ajuda de cada co-piloto também foi fundamental. Luís (Thiago Rodrigues), Laila (Maria Eduarda de Carvalho), Júlia (Isabelle Drummond), Pedro (Jayme Matarazzo), Bernardo (Ghilherme Lobo) e o pequeno Joaquim foram essenciais nessa jornada.
O desfecho já era previsível. Miguel e Lígia se acertaram, Pedro e Júlia deixaram as mágoas para trás e acabaram se entendendo, Vicente (Ângelo Antônio) foi atrás de Luisa (Eline Porto) em Londres, Irene (Malu Galli) se acertou com Caio (Fernando Alves Pinto) e foi em busca de outra criança para adotar.
E contrariando Tom Jobim, quem disse que é impossível ser feliz sozinho? Isabel (Mariana Lima) terminou o relacionamento com Luís e foi fazer um curso na França. Laila acabou se dobrando aos planos da mãe e resolveu investir em seu futuro profissional. Marlene (Cyria Coentro), por mais duro que tenha sido, percebeu que Durval (Cláudio Jaborandy) continuava sendo um pilantra e se separou dele.
Enquanto um saiu do armário, outra voltou... Eriberto (Fábio Herford) ficou com Renan (Fernando Eiras). Já Esther (Regina Duarte) seguiu o caminho oposto e voltou a namorar Renato (Jonas Bloch).
Lícia Manzo conseguiu mais uma vez, a exemplo do que aconteceu com A Vida da Gente, cativar o público com uma história ao mesmo tempo simples e intensa. Sem vilões, mas tendo o destino como grande inimigo, os personagens de Sete Vidas eram tão reais quanto qualquer um de nós, com problemas e conflitos que poderiam acontecer comigo, com você, com alguém da sua família... Em tempos de excesso de polêmicas em Babilônia e Verdades Secretas, a novela das seis que chega ao fim hoje é um bom exemplo de que não são necessários barracos, vilões cruéis, cenas ousadas e violência para se fazer sucesso com o público. Basta um texto bem elaborado, personagens cativantes e uma história redondinha, com poucas falhas. O barco de Miguel segue viagem, nós desembarcamos por aqui, mas com uma vontade louca de seguir com ele e o resto do elenco...
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