Começa nesta segunda-feira (18), na Casa de Cultura Mario Quintana (avenida dos Andradas, número 736, Porto Alegre), a 4ª edição do Festival de Esquetes. A mostra competitiva abre espaço para apresentações, com cerca de dez minutos, de artistas solos ou grupos de teatro, dança e circo. As esquetes são apresentadas em diversos espaços da instituição, como escadas, halls, passarelas, corredores e salas.
O festival acontece sempre às segundas-feiras, às 18h30 e encerra no dia 08 de setembro. A entrada é gratuita.
Os selecionados concorrem a uma premiação em dinheiro e um prêmio especial para o escolhido do público. Excelência da apresentação e acabamento estético e execução dentro do tempo estipulado pela organização.
Programação
18 de Agosto
1 – Do primitivo ao tabuleiro
Sinopse: Homem textualiza a evolução Humana
Local: Travessa dos Cataventos com Rua dos Andradas
Direção, atuação, texto e cenário: Francisco de los Santos
Assistente direção: Ana Luiza Bergmann
Atuação: Francisco de los Santos
Figurino: Coca Serpa
Luz: Carol Zimmer
2 – Do princípio ao fim
Sinopse: Um palhaço brinca de ser um pregador e promete revelar aos espectadores todos os segredos e mistérios da existência humana, do princípio ao fim. Ao final apresenta uma solução para a absolvição divina, um tanto inesperada e cômica
Local: Hall de entrada Ala Oeste
Concepção, texto e atuação: Fábio Castilhos
Direção: Melissa Dornelles
3 – Eu não sabe quem você sou
Sinopse: Dois personagens que fundem entre si suas personalidades. Há uma confusão mútua entre eles se realmente existem, quem é quem, qual gênero, nome. As identidades são trocadas. Nos dias atuais os homens estão com seu lado feminino mais aflorado, o que causa críticas boas e ruins ao mesmo tempo, tanto por homens quanto por mulheres. Por outro lado, as mulheres vem conquistando cada vez mais espaço no território “intocável” dos homens, gerando uma diminuição no preconceito para as futuras gerações, porém ainda encontrando resistência nos “mais antigos”, que acreditam que lugar de mulher é “cuidando do fogão dos filhos em casa”
Local: Jardim Lutzenberger (em caso de chuva, Mezanino)
Direção e atuação: Rafael Albuquerque e Mariana del Pino
Técnico de Som: Saulo Aquino
4 – No meu peito ainda mora
Sinopse: Rodrigo está sozinho numa manhã de inverno. Faz duas semanas que Lúcia, seu grande amor, foi embora deixando-o num vazio existencial profundo. Fã de Lupicínio Rodrigues, no auge de sua depressão, começa a clamar pela amada lembrando músicas do ídolo em meio a visões provocadas por sua saudade
Local: Hall de entrada do 2º andar, Ala leste
Coletivo Montigente – direção e atuação: Gil Collares/produção e maquiagem: Silvana Silvia/músico convidado: Everson Monteiro
5 – Conexão com o além
Sinopse: Na fila de espera de um centro para contatar entes queridos, um curioso casal espera atendimento e discute suas crenças sobre a vida após a morte
Local: Hall Oeste 3° andar
Direção: Graça Nunes
Texto: Dedé Ribeiro
Elenco: André Varela, Cris Neützling, João Pedro Wapler, Martina Seifer, Natália Karam e Renata Ribeiro
Trilha sonora: Tomás Piccinini
6 – 8 minutos
Sinopse: Um homem conta como uma tragédia mudou sua vida até levá-lo à prisão
Local: Espaço Lupicínio Rodrigues
André Barros e Julio Lhenardi
25 de Agosto
1 – Carta para Sagitário
Sinopse: Aborda o onírico dentro do cotidiano. As inquietações humanas do dia a dia são abordadas através do universo subjetivo da personagem principal, transitando entre sonho, ficção e realidade.
Local: Travessa dos cataventos
Elenco: Raíza Auler Rolim e Conrado Lang Silva
Direção e dramaturgia: Vitória Monteiro
Trilha sonora: Arthur Valandro e Raphael de Luca
Iluminação: Thais Andrade
Arte gráfica: Raphael de Luca
Cenário e figurinos: O grupo
2 – Os tormentos de Puralina
Sinopse: Puralina se encontra em meio a um lugar fora da realidade, cercada de flores, fios e roupas. Ela relembra fragmentos de sua vida, misturando as linhas do tempo e dos acontecimentos
Local: Mezanino
Texto e Cenografia: Vergílio Lopes
Direção, produção e Trilha Musical: Maurício Fulber e Vergílio Lopes
Atuação: Ana Spohr
3 – Não
Sinopse: É lugar comum que a morte é a única certeza que temos na vida. Ao viver somos obrigados o tempo todo a fazer escolhas, a dizer sim. Cabe a nós perguntarmos quantos não existe em cada sim. E quantos sim estão por detrás de cada não. O quanto a nossa inação pode instigar a ação do outro? Temos o direito de quebrar as expectativas que recaem sobre nós? Na obra do filósofo Sartre, a questão da escolha é fundamental. Uma vez que o homem não é, mas existe, através da escolha de um projeto para si que constrói a sua essência, a esquete busca por meio de imagens e sons instigar o espectador à reflexão
Local: Hall Ala Oeste 4° andar
Direção: Juliana Wolkmer
Atuação: Ivan Nunes e Juliana Wolkmer
Texto (escrito e adaptado) e trilha sonora original: Ricardo Onófrio
4 – Brasil pequeno itinerante
Sinopse: Uma mulher chega para tocar uma sanfona. Para e de seus bolsos saem bonecos articulados em miniatura que passam a preencher as mãos e olhos com delicadeza, sensibilidade e histórias. O encontro pequenino de um olhar. Uma história em cada bolso e cada bolso com seu boneco inspirado em uma pessoa real de história verdadeira ouvida pela palhaça/bonequeira
Local: Hall do Jardim Lutzenberger
Direção, atuação, confecção e animação dos bonecos em miniatura e roteiro (adaptação da história vivenciada com Seu Agripino): Genifer Gerhardt
Preparação musical (acordeon): Renato Müller
Trilha sonora: Laura Franco e Renato Müller
Figurino: Margarida Rache
5 – Bem – tea – Vida marmotta
Sinopse: Durante uma viagem, a palhaça Marmotta divide suas histórias com seu companheiro Tuntum. Juntos fazem um caminho em busca de um lugar onde irão se despedir um do outro. Em breve deverão seguir separados e por caminhos distintos. Nesta viagem, a palhaça se mostra cada vez mais frágil por conta da separação anunciada. Um espetáculo cômico e delicado sobre o que nos torna humanos. Um brinde ao ridículo de nós mesmos
Local: Jardim Lutzenberger
Direção e atuação: Lia Motta
Dramaturgia e orientação Cênica: Ésio Magalhães
Cenografia: Clarice Feres e Lia Motta
Figurino: Antônio Rabadan
Costureira: Ceciliana Aires
Arte gráfica: Gabriel Kverna
Técnico de som e luz: Davi Richel
1º de Setembro
1 – Espera
Sinopse: Palitolina aguarda… o quê? Nem ela sabe. Uma porta aberta para o inusitado; um jogo de palhaça onde o improviso e a relação sincera com o público são um brinde ao encontro e à presença
Local: Travessa dos Cataventos
Direção e atuação: Genifer Gerhardt
2 – Encontro com Courtemanche
Sinopse: Em Encontro com Courtemanche, Leandro Lefa se apropria do universo desenvolvido por esse artista, que mistura mímica, gromelô e onomatopéia. A esquete cômica é inspirada em situações cotidianas, humanizando um momento de exibição de um atleta e o desafio de se relacionar amorosamente
Local: Mezanino
Direção: Leandro Lefa, com o suporte do Coletivo Arvoredo (Carol Zimmer, iluminação e produção; Lauro Pécktor, compositor e instrumentista; Paula Pinheiro, designer, VJ e programadora; Ursula Collischonn, atriz e cantora
3 – Qual foi a última música que a gente fez?
Sinopse: Duas figuras divagam sobre as partículas que constituem o mundo, tocando música. Interrogam o público e a si, entre outros pontos: o que a gente escreveu? Para onde se viaja quando tudo é longe de mais para se chegar? Qual foi a última música que a gente fez? Dois personagens travam um diálogo que, a princípio um tanto quanto desconexo e abstrato, vai se mostrando como um estopim para uma interessante reflexão sobre diferentes gerações, sobre o viver em sociedade, sobre as relações humanas. A música funciona como sustentação para a movimentação das interrogações que fazem, conferindo ao espetáculo ritmo e cor. Mas será que eles querem chegar a alguma conclusão, porque, afinal de contas, (quase) todo discurso é da boca para fora
Local: Espaço Lupicínio Rodrigues
Direção e Dramaturgia: Ricardo Zigomático
Atuação: Douglas Dias e Rafael Lopo
Iluminação: Douglas Dias
Trilha sonora: Rafael Lopo
Iluminação: Douglas Dias
Produção e Realização: Teatro Sarcáustico
4 – r)e)i)n)v)e)n)t)o
Sinopse: Quando se deixa de sentir, quando se deixa de ver, quando se deixa de perceber os sentidos e as emoções, tudo que está em volta se torna artificial. r)e)i)n)v)e)n)t)o é uma proposta de experiência sensorial ao provocar os sentidos dos espectadores para observar suas próprias sensações diante de dois sujeitos que, aparentemente, perderam a capacidade de sentir. Auster e Aquilon representam o vento sul e o vento norte e se transformaram de ventos indomáveis, cujos rumos eram indeterminados por forças externas, em ventos artificiais, inertes e fixos num mesmo espaço. A dupla recruta o público para se iniciar no caminho do vento, porém, o percurso que é oferecido pode não ter volta, pois eles precisam de novos ventos que ocupem esse lugar de artificialidade. Eles querem a chance de voltar a sentir, voltar a perceber cheiros, toques, olhar ao redor. Será que o público vai seguir desejando vivenciar a energia de reinvento, o vento artificial de Auster e Aquilon? A partir da ideia do vento como energia móvel ou como energia paralisante, o que é visível ou invisível, os contrários estão postos em cena
Local: Passarela de vidro 4° andar
Texto: Natasha Centenaro
Elenco: Gabriel Ditelles e Ismael Goulart
Direção e direção de arte: Fernanda Moreno
Iluminação: Ismael Goulart
Figurino: Fernanda Moreno e Natasha Centenaro
Trilha original composta e produção: O grupo
5 – O que você questiona?
Sinopse: O que você questiona? É um esquete que traz para a cena a implosão dos gêneros binários. Através da persona Adolfo a artista resignifica seu corpo, criando imagens que desafiem a compreensão binária do gênero. Em diálogo com o travestir-se e a performance da drag king, ambiguidades, questões sobre a feminilidade e masculinidade são expressas em seu próprio corpo cultural. Afinal de contas o que somos? Nosso sexo? Nossa cultura binária de gênero?
Local: Jardim Lutzenberger
Atuação: Isandria Fermiano
Direção: Mirah Laline
6 – Lóki
Sinopse: Uma personagem repleta de rancor e insatisfação pela vida dita como normal. Cada uma de suas expressões é coberta por um misto de frustração e suas verdades. Ela conta de si, sempre escolhendo esconder ou mostrar o que acha fundamental para justificar sua própria existência. Com inspirações na estética Drag e nos escritos daqueles que foram classificados como “malditos” da literatura, Dostoieviski, Campos de Carvalho, Qorpo Santo e Artaud, vê-se em cena um misto de mulher e homem. Talvez a biologia a caracterize como mulher, o espelho como homem, e a sociedade “pseudo consciente” como um bufão contemporâneo. Sua aparente loucura e humor ácido lhe dá carta branca para dizer aquilo que alguns de nós escondemos embaixo do tapeto e dentro de gavetas. Um anti-herói? Um Drag King? Um Bufão? Um homem? Uma mulher travestida? Um ser humano? Um louco? Talvez um incompreendido pela sociedade e por ele mesmo. Quanto daquilo que dizemos é de fato aquilo que somos? A cena propõe um encontro entre nós e aquilo que varremos para margem do que somos capazes de aceitar
Local: Entrada do Teatro Bruno Kiefer
Direção: Ander Belotto
Dramaturgia e atuação: Juçara Gaspar
Trilha Original ao vivo: Luciano Alves
8 de setembro
1 – Maria Lúcia
Sinopse: O espetáculo idealizado para rua ou espaços alternativos tem sonoplastia ao vivo e é livremente inspirado na obra de Renato Russo. Conta a história de Maria Lúcia. As vírgulas de seu caminho transformadas em sangue, pontuadas por som, fúria e paixão
Local: Travessa dos Cataventos
Texto/Direção/Cenário: Zeca Novais
Elenco: Zeca Novais, Dyogo Botelho, Larissa Moraes, Natália Di Vaio e Wilker Beckery
Músicos: Marcelo Kauz, Caio Rodrigues e Rodrigo Stutz
Maquiagem: Larissa Moraes e Natália Di Vaio
Iluminação: Nathalia Fernandes
Figurino: Arielen Lefay
2 – Chão de pequenos
Sinopse: Desconfiança. Rejeição. Medo de chuva. Um queria ser piloto de corrida. O outro gostava de ouvir o silêncio. Vieram da terra onde as crianças já nascem mortas. Ou envelhecem, ainda quando crianças. A história da ligação entre dois jovens, à espera de uma família. A paisagem sonora perpassa a dramaturgia e é fundamental para que o jogo corporal aconteça
Local: Mezanino
Autoria: criação coletiva
Concepção, interpretação e dramaturgia: Ramon Brant e Felipe Soares
Parceiro de criação, direção e coreografia: Tiago Gambogi
Orientação cênica e dramatúrgica: Jose Walter Albinati
Paisagem Sonora: Criação coletiva
Iluminação: Diego Roberto
Figurino: Bárbara Toffanetto
Identidade Visual: Ramon Brant
Atuação: Ramon Brant e Felipe Soares
3 – Antes do baile verde
Sinopse: É carnaval. A jovem Tatisa procura decidir entre ir ou não a um baile, enquanto seu pai encontra-se enfermo, entre a vida e a morte. A história se desdobra nas conversas entre a jovem e Lu, moça que trabalha na casa, enquanto elas preparam a fantasia para o baile. Lu busca fazer com que Tatisa reflita sobre suas ações e aos poucos as fragilidades da personagem surgem, envoltas em culpa e revolta
Local: Hall do segundo ou terceiro andar
Direção: Siane Capella Leonhardt
Atuação: Marelize Obregon e Thais Andrade
Iluminação: Thais Andrade (concepção) e Siane Capella Leonhardt (operação)
Figurinos, maquiagem e cenografia: o grupo
4– O inferno são os outros
Sinopse: O esquete vai revelar um ambiente com três personagens que se encontram mortos e ficam discutindo seus motivos de viverem e o sentido de um ser o carrasco do outro
Local: Corredor de vidro
Direção: João Lima
Atuação; João Lima, Jairo Klein e Lurdes Souza
5 – A gota d’água
Sinopse: O palhaço Deodato apresenta um número que mistura humor, magia e malabarismo
Local: Jardim Lutzenberger
Criação e atuação: Cia Dêideia Circo Teatro e Diego Deodato
Direção: Francisco de Los Santos
6 – Sobre a liberdade e outros segredos
Sinopse: Uma experimentação cênico-musical que, a partir do atrito com a personagem Fragile, propõe ao público um encontro um tanto melancólico e malicioso. A cumplicidade com o outro se estabelece, através de provocações sobre aquilo que poderia ser dito e sobre relatos do encontro com um menino de rua e uma senhora em sua janela. A esquete apresenta de forma poética reflexões sutis sobre a liberdade, a partir da perspectiva da personagem
Local: Jardim do 7° andar
Concepção geral, texto, atuação e direção cênica: Mirah Laline
Direção Musical, violão e guitarra: Niel Barbosa
Arranjo de voz e operação eletrônica: Maí Yandara
Criação de Arranjo: Maí, Niel e Mirah
Cenografia e operação de luz: Rodrigo Shalako
Criação de Luz: Rodrigo Shalako e Mirah Laline
Figurinos:o grupo