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O humorista, roteirista e diretor Max Nunes morreu nesta quarta-feira, aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, na zona sul do Rio de Janeiro, pois teve complicações de saúde após sofrer uma queda e fraturar a tíbia. Nunes escrevia para a televisão desde 1962, e, desde 2000 produzia textos para o Programa do Jô, com quem mantinha longeva parceria.
Formado em medicina em 1948, Max Newton Figueiredo Pereira Nunes especializou-se em cardiologia, chegou a exercer a profissão (dirigiu a seção de Ipanema do Instituto Brasileiro de Cardiologia), mas destacou-se por ser um dos pioneiros do humor no rádio e na TV brasileiros. Criou no rádio o programa Balança mas não Cai, que acabou migrando para TV, cinema e teatro de revista.
Nos anos 1950, Nunes ficou famoso também por compor marchinas, entre elas a famosa Bandeira Branca, escrita ao lado de Laércio Alves e gravada por Dalva de Oliveira para o carnaval de 1970.
A partir de 1962, começou a escrever para humorísticos da TV, como My Fair Show e Times Square. Em 1965, passou a roteirizar a dirigir Bairro Feliz, por onde passaram Grande Otelo e Mussum. No final da década de 1960, estreou os programas Riso Sinal Aberto e Canal 0 (posteriormente TV0-TV1). Este último utilizava como recurso a paródia de programas de TV, o que depois foi muito utilizado em humorísticos como Casseta e Planeta e TV Pirata.
Depois, fez parte das equipes dos programas Faça Humor, Não Faça Guerra, Satiricom, Planeta dos Homens e Viva o Gordo. A partir daí, deu início a uma parceria com Jô Soares que duraria até o final de sua vida. Desde 2000, Nunes escrevia roteiros para o Programa do Jô.
Quando Max Nunes completou 90 anos, o elenco do programa Zorra Total prestou uma homenagem ao humorista. "Um criador excepcional de tipos e bordões que jamais serão esquecidos. O Max é um dos homens mais inteligentes e talentosos da TV brasileira", disse o ator Milton Gonçalves. Jô também homenageou o humorista à época, interpretando um texto político de Nunes e cantando Bandeira Branca.