A investigação sobre a morte do músico Liam Payne, ex-integrante do One Direction, ganhou um novo capítulo. Um empresário argentino amigo do cantor britânico, um funcionário de manutenção do hotel onde o artista estava hospedado e um traficante foram acusados de diferentes crimes ligados ao caso na quarta-feira (6).
Segundo o jornal La Nación, o empresário, que acompanhou Payne na Argentina, foi acusado de "abandono de pessoa". As acusações surgem após uma série de buscas ordenadas pela Justiça. Uma delas foi realizada no hotel CasaSur, em Buenos Aires. No local, o cantor morreu após cair da varanda de um quarto no terceiro andar em 16 de outubro.
Também foram feitas diligências em um campo de polo localizado na cidade argentina de General Rodríguez, assim como em dois departamentos de Palermo, um em Retiro e outro em Abasto (três bairros da capital argentina). Houve ainda operações em outras três localidades: em uma casa em Tigre, em uma residência em Lomas de Zamora e em um imóvel em Altos de Isidro Casanova. Maconha, celulares, computadores pessoais e dispositivos de armazenamento foram apreendidos nas buscas.
Todas as ações foram realizadas um dia antes de os restos do músico britânico serem levados para o Reino Unido. A Justiça havia autorizado a entrega do corpo na última sexta-feira (1º), após a conclusão de estudos toxicológicos e histopatológicos a fim de determinar a causa da morte.
Ainda de acordo com o La Nación, oito dos nove endereços investigados estão relacionados aos três acusados do processo que corre no Juizado Penal e Correcional nº 34. O único endereço que não pertence a nenhum dos acusados refere-se ao de Altos de Isidro Casanova. No local, vivia uma das mulheres que estiveram com Payne horas antes da morte.
Depoimentos de testemunhas dão conta de que ela e uma segunda mulher chegaram ao hotel, chamadas por Payne por meio de um aplicativo, e queriam cobrar cerca de US$ 5 mil por seus serviços, mas o artista teria se negado a pagar. Uma discussão surgiu entre o cantor e as mulheres e o assunto chegou à recepção do hotel. Um funcionário teria entrado em contato com o empresário argentino para que ele enviasse o dinheiro necessário, mas não houve resposta.
O empresário, que se apresentava como representante de Payne, mas não era o seu agente oficial, pode ter ocultado da família do artista a recaída dele no consumo de drogas. A acusação de abandono de pessoa pode resultar em uma pena de dois a seis anos de prisão.