O resultado de uma autópsia preliminar do corpo de Liam Payne, divulgado nesta quinta-feira (17), aponta que o cantor morreu em decorrência de hemorragias e de ferimentos múltiplos. O músico sofreu uma queda do terceiro andar de um hotel na última quarta-feira (16), em Buenos Aires, Argentina.
Conforme o relatório oficial, os traumas na cabeça já foram o suficiente para levá-lo a óbito.
O jornal britânico The Guardian afirma que as autoridades argentinas seguem investigando a morte para reconstituir as últimas horas de Payne. Hóspedes do hotel ouvidos pelo periódico e pela polícia relataram a presença de um "homem agressivo que pode estar sob efeito de drogas e álcool".
Segundo o norte-americano Doug Jones, que estava hospedado no mesmo local que o cantor, ele ouvia constantemente barulhos altos vindos do quarto do músico.
— Achei que eles estavam fazendo construção, tinha muita batida, portas batendo, a maior parte do dia. Foi alto, bizarro. Mais tarde, ouvi as sirenes, pensando que talvez houvesse um incêndio em algum lugar. E então ouvi um grito muito alto — disse ele ao The Guardian.
O que diz a Procuradoria Penal e Correcional da Argentina
Em um comunicado publicado no site da Procuradoria Penal e Correcional da Argentina, o promotor Marcelo Roma, que está temporariamente encarregado da investigação do caso, informou que foram descritas 25 lesões na autópsia, todas compatíveis com a queda. Além disso, os médicos legistas identificaram hemorragias internas e externas no crânio e no abdômen.
Conforme protocolo, o incidente está sendo investigado como "morte duvidosa", embora tudo indique que o músico estava sozinho quando sofreu a queda. Isso porque, nas mãos dele, não foram encontradas lesões de defesa que sugerissem a intervenção de terceiros. Também foi observado que Payne não adotou uma postura reflexa para se proteger. Ele teria caído em um estado de parcial ou de total inconsciência.
As informações preliminares indicam que ele estava passando por algum tipo de surto no momento da morte, resultado do abuso de álcool e entorpecentes. No quarto do músico, foram encontradas uma série de substâncias, as quais ainda aguardam identificação, e objetos quebrados. A autópsia diz que foram solicitados estudos histopatológicos, bioquímicos e toxicológicos.
Segundo informações do jornal La Nacion, foram colhidos cinco depoimentos: de três funcionários do hotel e de duas mulheres, que passaram no quarto do músico, mas que já haviam ido embora quando houve a queda. Segundo o periódico argentino, as jovens seriam mulheres em situação de prostituição.
Por fim, a Procuradoria Penal e Correcional da Argentina afirma que deseja reconstruir as circunstâncias do ocorrido e se concentra em determinar uma possível intervenção de terceiros nos acontecimentos anteriores à morte da vítima.