O longa-metragem Maria, que conta a história da cantora lírica Maria Callas, está prestes a marcar o retorno de Angelina Jolie aos cinemas. Após uma pausa de três anos, a atriz volta às telonas para interpretar uma das grandes vozes do século 20, cuja trajetória foi marcada por performances aclamadas e dramas pessoais.
Dirigido pelo cineasta chileno Pablo Larraín, o filme é ambientado em Paris, na França, e tem como foco o fim da vida de Maria Callas, que morreu em 1977, aos 53 anos, vítima de um infarto.
O longa-metragem foi exibido pela primeira vez no Festival de Cinema de Veneza e ainda não tem data de estreia no Brasil.
Quem foi Maria Callas
Na sinopse de Maria, a artista é descrita como a "maior cantora de ópera do mundo". Filha de imigrantes gregos, Maria Callas nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, no ano de 1923.
Foi na Itália, no final dos anos 1940, que Maria começou a cantar para grandes públicos. A primeira grande interpretação foi realizada em 1947, quando cantou La Gioconda, de Ponchielli, em Verona. Desde então, ela passou a ser aclamada pela crítica por conta da dramaticidade de suas interpretações e por sua voz, classificada como um soprano absoluto.
O ápice da carreira foi em 1950, quando atingiu sucesso internacional. Contudo, em 1958, após deixar o palco no meio de uma apresentação por conta de um mal-estar, ela passou a ser intensamente criticada pela imprensa, o que marcou o seu declínio na música.
Os desafios profissionais coincidiram com problemas no âmbito pessoal. O período desencadeou em Maria um quadro grave de depressão e de ansiedade, com o qual conviveu até a sua morte.
Vida comentada
A vida privada de Maria Callas também foi bastante comentada pelo público. Em 1949, a cantora se casou com um homem 30 anos mais velho, o empresário italiano Giovanni Battista Meneghini. Os dois viveram juntos por 10 anos.
Depois da separação, a artista conheceu o empresário grego Aristoteles Onassis. Em 1960, eles tiveram um bebê, que morreu logo após o nascimento. A relação marcada por turbulências chegou ao fim em 1968, quando Onassis se apaixonou pela ex-primeira-dama dos Estados Unidos Jacqueline Kennedy.
Vivendo sozinha em Paris, Maria faleceu repentinamente em seu apartamento no dia 16 de setembro de 1977. O laudo do óbito apontou que ela vinha sofrendo com uma doença degenerativa há alguns anos, o que lhe causou perda de peso e alterações na voz, gerando uma insuficiência cardíaca que culminou em um infarto.