A Justiça bloqueou R$ 20 milhões e decretou o sequestro de imóveis e embarcações em nome da empresa Balada Eventos e Produções, ligada ao cantor Gusttavo Lima. A companhia é suspeita de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais que foi alvo da operação Integration, na última semana. Entre os presos, está a influenciadora e advogada Deolane Bezerra.
De acordo com o programa Fantástico, da TV Globo, que revelou detalhes do caso neste domingo (8), a investigação policial aponta que a Balada Eventos e Produções teria participado da lavagem com empresas de José André da Rocha Neto, dono da Vai de Bet, que tem o cantor como garoto-propaganda.
Uma das empresas de Rocha Neto — a JMJ Participações — comprou um avião pertencente à Balada. A aeronave foi apreendida pela Polícia Civil de São Paulo no último dia 4.
Segundo o Estadão, dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que o avião ainda está registrado em nome da empresa do artista, embora seja operado pela JMJ Participações. A aeronave está em processo de transferência de propriedade, conforme a Anac.
A Justiça emitiu um mandado de prisão contra Rocha Neto, que é considerado foragido. Ele e Gusttavo Lima estavam juntos na Grécia quando a operação foi deflagrada. Também foi determinado o bloqueio de R$ 35 milhões de suas contas pessoais e de R$ 160 milhões de suas empresas.
O que afirmam as defesas
Por meio de nota, a defesa do empresário argumentou que "não existe qualquer indício" de participação dele em atos ilícitos e que o patrimônio é "declarado e regular".
O advogado do cantor, por sua vez, destacou que a Balada Eventos e Produções "apenas vendeu um avião para uma das empresas investigadas", cumprindo as normas legais. A nota diz ainda que o sertanejo tem somente um contrato de uso de imagem com a VaideBet e que nem ele e nem a Balada "fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro".
Gusttavo Lima se pronunciou
Ainda na noite de domingo (9), o sertanejo se manifestou nas redes sociais, alegando ser alvo de "injustiça". "Nós entendemos que a Balada Eventos foi inserida no âmbito dessa operação simplesmente por ter se transacionado comercialmente com essas empresas investigadas", escreveu.
Ele descreveu como "loucura" o fato de a Balada Eventos ser inserida como integrante de suposta organização criminosa e lavagem de dinheiro.
"Se justiça existir nesse país, ela será feita. São 25 anos dedicado a música, todos vocês sabem da minha luta para chegar até aqui. Abuso de poder e fake news eu não vou permitir. Sou honesto", completou.