A noite de sábado (22) foi de clássicos da música do Estado e de solidariedade com os atingidos pela enchente. Artistas de diferentes vertentes musicais subiram ao palco do Araújo Vianna, em Porto Alegre, para o Festival Recomeço. A apresentação foi encabeçada pela banda Fresno.
A transmissão foi feita na Rádio Atlântida e também pelo canal PodPah, no YouTube. O público pôde realizar doações via Pix durante o evento para as vítimas das cheias. Além disso, o Recomeço destinará a bilheteria aos profissionais da cultura do RS. A prévia do evento foi apresentada por Carol Sanches e Lelê Bortholacci, comunicadores da Rádio Atlântida. O humorista Marcito Castro fez um show antes das apresentações musicais.
Como foram as apresentações
O primeiro show da noite foi da banda Fresno, formada por Lucas Silveira (voz e guitarra), Gustavo Mantovani “Vavo” (violão) e Thiago Guerra (percussão).
— O que vai ser tocado e dito não importa, o que importa é que todos os ingressos da maior casa de shows do Estado foram vendidos e que esse dinheiro será para as pessoas que trabalham com a cultura — disse Lucas.
A banda tocou Redenção e Porto Alegre antes de receber Humberto Gessinger. O fundador e vocalista dos Engenheiros do Hawaii interpretou Herdeiro da Pampa Pobre, Até o fim e Toda forma de poder. Depois, foi a vez de Carlinhos Carneiro, vocalista da Bidê ou Balde, apresentar Melissa e Mesmo que mude” acompanhados da Fresno.
Duca Leindecker, do Cidadão Quem, assumiu o show e cantou Pinhal e Dia Especial; antes de encerrar a participação com O amanhã colorido, ele elogiou o evento:
— É muito bonito isto que está acontecendo: todo mundo e fazendo o possível para recomeçar o Rio Grande do Sul.
A noite de música seguiu com 50 tons de preta, das cantoras e instrumentistas Dejeane Arruée, e Graziela Pires, que interpretaram Cota não é esmola e Oração. Renato Borghetti fez uma apresentação com música instrumental acompanhado por Neuro Júnior, no violão, e Pedro Borghetti, no bombo leguero. Na sequência, ao violão, Viridiana cantou Menina e fez uma versão para Saga, de Filipe Catto.
Mano Changes e Fresno se uniram para cantar Quero te levar, Detetive e Merda de Bar”, da Comunidade Nin-Jitsu. Rafa Machado levou o reggae para a noite de solidariedade ao cantar Iemanjá e Chapéu de Palha, da Chimarruts. Serginho Moah comandou o Araújo Vianna com Um dia de sol e Eu sei, do Papas da Língua.
— A partir de agora é isto: união para ajudar o pessoal que perdeu tudo — disse Moah.
O punk teve espaço com Duda Calvin, da Tequila Baby, que cantou clássicos como Sexo, algemas e cinta-liga, Menina linda e Velhas fotos. Jacques Maciel, vocalista da Rosa Tattooada, iniciou a apresentação com O inferno vai ter que esperar e cantou Você vai lembrar de mim, do Nenhum de Nós. Nei Van Soria assumiu o Araújo Vianna, com Tempo e paciência e Jardim inglês.
— Estamos aqui para estender a mão e ajudar. Obrigado a todos que estão fazendo acontecer essa ajuda — disse antes de cantar Sob um céu de blues, dos Cascavelletes.
Peppe Joe, vocalista das bandas da Maria do Relento e Ataque Colorado, interpretou O vagabundo e Conhece o Mário.
Depois, Alemão Ronaldo subiu ao palco com Me leva pra casa e Campo minado, esta última com a participação de Rafael Malenotti, da Acústicos & Valvulados. A Fresno assumiu o microfone para cantar Eu sou a maré viva.
O show continuou ainda com Os Fagundes, que fez o público vibrar com o Canto alegretense, já na reta final do festival no Araújo, que teve ainda uma apresentação de Júlia Barth, que homenageou a banda Júpiter Maçã. Perto da 1h deste domingo, a Dingo brindou a plateia com seu indie rock.