A empresa Naussany Investments & Private Lending, que tentou vender a mansão Graceland, antiga residência de Elvis Presley, afirmou, na última quarta-feira (22), que está desistindo de dar continuidade à batalha legal travada com a atriz Riley Keough pelo local. A decisão ocorreu após a Justiça barrar a realização de um leilão, previsto para ocorrer nesta quinta-feira (23).
Gregory Nassauny, proprietário da companhia de crédito, disse ao DailyMail que o caso para obtenção do controle do complexo localizado em Memphis, no Tennessee, é muito complicado, pois envolve três Estados diferentes. Essa dificuldade o fez não querer seguir adiante com novas tentativas.
"Devido ao acordo não ter sido documentado e ao fato do empréstimo ter sido realizado em outro estado, o processo precisaria ser aberto em múltiplos estados, e a Naussany Investments & Private Lending não irá prosseguir com o caso. Não houve intenção de prejudicar a senhorita Keough por conta da má gestão de recursos de sua mãe", comunicou a empresa por e-mail.
Riley Keough é filha da única herdeira do rei do rock, Lisa Marie Presley, que morreu em janeiro de 2023 em virtude de uma parada cardíaca. Com o falecimento da mãe, a mansão, assim como grande parte da propriedade de Elvis Presley, ficou sob responsabilidade da atriz, estrela da série Daisy Jones & The Six, do Amazon Prime Video.
O imbróglio, contudo, teve início quando a Naussany Investments entrou com um processo judicial contra o espólio de Lisa Marie, alegando que ela teria feito um empréstimo com a empresa no valor de US$ 3,8 milhões (cerca de R$ 19 milhões) em 2018 e dado a mansão como garantia. Conforme a ação, a filha do músico nunca teria quitado a dívida, o que fez a entidade entrar com um pedido de leilão de execução hipotecária.
Em resposta, Riley Keough apresentou uma queixa declarando que a Naussany Investments era uma fraude. Segundo Jeff Germany, advogado da atriz, Lisa Marie Presley nunca realizou empréstimos com a companhia, e os documentos que tentam provar a relação entre as partes seriam falsos, inclusive as assinaturas.
A Elvis Presley Enterprises, entidade responsável por gerenciar Graceland e outros ativos do espólio de Elvis, negou a existência de um acordo entre Lisa e a Naussany Investments.
O cantor Elvis Presley comprou a mansão Graceland em 1957 e viveu no local até sua morte, em 1977. Anos depois, o complexo foi aberto ao público como um parque temático de história do músico, tornando-se um dos principais pontos turísticos dos Estados Unidos.