O intérprete de samba-enredo Melquisedeque Marins Marques, mais conhecido como Quinho, voz marcante do Carnaval do Rio de Janeiro, morreu nesta quarta-feira (3), aos 66 anos. A notícia foi confirmada pela escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, na qual ele ficou imortalizado a partir do desfile de 1993, com o enredo Peguei um Ita no Norte, cujo refrão "explode coração, na maior felicidade" é lembrado até hoje. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Desde 2022, Quinho estava afastado para tratamento de saúde devido a um câncer de próstata. De acordo com informações da rádio Tupi, sediada no Rio de Janeiro, o cantor estava internado no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador.
Ao longo da carreira, além da Acadêmicos do Salgueiro, Quinho foi intérprete de escolas de samba como União da Ilha, Acadêmicos do Grande Rio e São Clemente. No Carnaval de Porto Alegre, entoou o samba da União da Vila do IAPI no desfile de 2005.
Por meio do Instagram, a Acadêmicos do Salgueiro publicou uma homenagem, afirmando que o cantor "transcendeu os limites da música e do carnaval". "Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro", diz a publicação.
A escola ainda relembrou parte da trajetória do intérprete: "Desde o início, nos anos 90, quando liderou o samba Peguei um Ita no Norte, até seu retorno triunfante em 2003 e a gloriosa vitória em 2009 com o enredo Tambor, Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola".
E completou: "Seu retorno em 2018, compartilhando o microfone com Emerson Dias, foi mais do que uma volta; foi o reencontro emocionante de um filho pródigo com a casa que sempre foi sua".