A história da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) está pronta para ser vista por quem for visitar a Casa da Ospa, a partir da terça-feira que vem, dia 21. Em um grande mural, boa parte da história de 73 anos da fundação é remontada, com um rico acervo acumulado no decorrer das décadas — estão lá documentos, nomes importantes e uma mensagem de exaltação à cultura.
Em um evento fechado, que ocorreu nesta terça-feira (14), os responsáveis pela instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS) apresentaram o espaço para a imprensa e para convidados. O presidente da Fundação Ospa, Gilberto Schwartsmann subiu ao palco para dar os devidos agradecimentos aos envolvidos, ressaltando que o memorial é resultado de um trabalho coletivo.
— A criação de um memorial é um ato civilizatório — ressaltou Schwartsmann. — Há memoriais que nos lembram até dos nossos erros que não devem ser repetidos. Em um mundo que hoje nos parece caótico e que o pior do homem nos é revelado pela violência e pela bestialidade, a Secretaria de Cultura do Estado, a Ospa e a Fundação Pablo Komlós decidem apostar no caminho da arte e da cultura. Isso me dá um alívio e uma esperança muito grande na humanidade.
Houve, ainda, declaração do curador Paulo Amaral e da secretária de Cultura do Estado, Beatriz Araújo. Durante a cerimônia, a servidora Dorvalina Gomes, responsável por guardar boa parte dos documentos da Ospa, que agora estão no Memorial, foi homenageada com uma placa por sua contribuição com a memória do Rio Grande do Sul.
No Memorial da Ospa em si, uma linha do tempo conta os 73 anos da Ospa, desde 1950, ano de sua fundação, com Pablo Komlós — que conta com uma estátua — como diretor artístico, até 2023, sob a regência do maestro Evandro Matté.
Ainda existe uma mesa interativa, com documentos digitalizados, separados por décadas, além de gavetas com diversos itens que compõem a história da Ospa. Também há um espaço em que o visitante pode escolher um instrumento em uma mesa digital e ouvir o seu som.
Até o dia 9 de dezembro, celebrando a inauguração do espaço, há uma exposição intitulada Tecendo Histórias, que é composta por oito figurinos de óperas realizadas pela Ospa nos últimos anos, incluindo vestidos, saias e smokings garimpados do acervo da fundação.
A visitação poderá ser realizada a partir do dia 21 de novembro, sempre de terça a sexta-feira, das 12h às 17h, e nos dias de concerto, das 12h até o fim do espetáculo. A entrada é gratuita.