Fãs da banda RBD alegam ter sido vítimas de um golpe aplicado supostamente pelo empresário do setor musical Dorival Perez Junior, mais conhecido como Pinguim. Conforme reportagem do Fantástico, veiculada neste domingo (12), o homem oferecia ingressos para camarotes de shows internacionais realizados em estados brasileiros.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, foram registrados 23 boletins de ocorrência por estelionato contra Pinguim e outros registros em três estados em torno dos shows do RBD no país.
Para a reportagem da TV Globo, uma fã contou que chegou a desembolsar R$ 5 mil com base em um anúncio nas redes sociais que dizia dar acesso a um camarote no show do grupo mexicano em São Paulo, com open bar, open food e acesso à pista premium. Com a demora para a chegada dos ingressos, os compradores começaram a desconfiar e ao entrarem em contato com a empresa responsável pelo setor, descobriram que as vendas não existiram.
Leo Rizzo, CEO Soccer Hospitality, responsável pelos espaços que Pinguim oferecia, diz que o empresário chegou a comprar ingressos verdadeiros para dar uma aparência legal ao golpe, mas vendia um número muito maior do que havia adquirido.
— Ele vendeu muito mais do que ele tinha. 300 ingressos por dia, sendo que ele comprou só 210 para 4 noites. Então, essa conta não fecha. A gente está falando de 1.000 ingressos a mais — disse Leo ao Fantástico.
Segundo a reportagem, para pessoas famosas, Pinguim entregava os ingressos verdadeiros de cortesia em troca de divulgação.
O homem apresenta-se como empresário do setor do entretenimento. Além disso, é descrito como "amigo" dos famosos, por ser citado por nomes como Wesley Safadão, Cafu, Zezé di Camargo e Tirulipa. A reportagem do Fantástico aponta que Pinguim usava a proximidade que tinha com as celebridades para trazer credibilidade ao negócio e promover as vendas de ingressos. Entretanto, as estrelas negam qualquer tipo de relação comercial.
A defesa do empresário disse ao Fantástico que os fatos serão devidamente esclarecidos, que o cliente tem uma conduta íntegra e que está à disposição da Justiça.