Testes de som, movimentação de trabalhadores, caixas acústicas instaladas e cabos passando ao lado do piso de brita: a pergunta dos últimos verões, finalmente, terá uma resposta afirmativa. Sim, vai ter Planeta. Na véspera do reencontro, marcado para esta sexta (3) e sábado (4), a reportagem de GZH percorreu o parque onde são esperados 80 mil planetários em dois dias de evento, depois de dois anos da última edição. Arena, camarotes e espaços de descanso que renove a energia por alguns minutos foram pensados há meses, com a expertise de quem chega à 26ª edição do maior festival de música do sul do Brasil.
— Um dia, zero hora, trinta minutos — repete a contagem regressiva uma das profissionais com a frase "Equipe Planeta" estampada nas costas, ao passar pela área de produção às 15h30min desta quinta-feira (2).
Os minutos contados se justificam. São cerca de três mil envolvidos, operando há 25 dias na sede campestre da Sociedade Amigos do Balneário Atlântida (Saba), em Xangri-Lá. Ansiedade que atinge a todos.
— O planeta é um rito de passagem do jovem gaúcho. Para nós, tem aquele frio na barriga de estar aqui de novo — afirma Caroline Torma, diretora de marketing do grupo RBS e head do Planeta.
Espaços e entrevistas
A pista Arena tem a maior área, e muitos dos serviços oferecidos ficam no seu entorno. Há também o conforto do camarote e da área Premium, ambos próximos da Gourmet Street, uma via coberta, dentro do parque, com restaurantes e experiências variadas.
O Lounge para parceiros e convidados do Grupo RBS foi posicionado próximo ao Palco Planeta, o de maiores dimensões: três metros de altura, para atrações como Ivete Sangalo, Armandinho, Luan Santana, Jota Quest e um grande cast previsto (confira as atrações aqui). Dois telões, um de cada lado do palco, foram içados e proporcionarão visão a distância.
No estúdio de vidro, os artistas terão uma entrevista transmitida pelos telões, espécie de despedida logo após o encerramento do show. Comunicadores conduzirão o bate-papo, transmitido também na Rádio Atlântida. Além do dia no FM, haverá transmissões pelos canais Lives Atlântida e Atlântida Fora do Ar.
Espaços alternativos, DJS e parque de diversões contemplam as diferentes idades. Há, ainda, a presença de pais e mães que usam a desculpa de levar seus filhos, mas acabam curtindo as atrações com o mesmo entusiasmo.
— O Planeta é mais do que um festival de música. É um lugar de encontro das gerações. Tem muito casal com filho, que a gente vê dizendo "pode ir pra Arena curtir o show, mas volta pro camarote pra um pit stop" — complementa a head do Planeta.
Regras rígidas
Arborizados espaços de descanso, bares espalhados nas áreas de circulação, restaurantes e caixas aguardam pelas pulseiras: é por esse sistema que são realizadas as compras, por meio dos terminais de recarga do acessório. Não é mais possível incluir créditos pelo site. Ah, e bebida alcoólica, só para quem tem mais de 18 anos.
— Se percebemos na câmera que alguém está alcoolizado ou precisa de atendimento, acionamos o bombeiro, e ele vai deslocar essa pessoa em segurança até o posto médico — explica Gustavo Caleffi, da Squadra Gestão de Riscos, responsável pela sala de vigilância onde ocorre o Big Brother do Planeta.
Se constatados sinais de embriaguez de algum adolescente, ele será encaminhado ao Conselho Tutelar, após ser atendido por um dos 60 profissionais de saúde, sem poder retornar ao evento.
A abertura dos portões ocorre às 16h, nos dois dias. Já no acesso, o planetário encontrará o posto médico, ao lado do Palco Atlântida — com 1,80 metro de altura desde o tablado, receberá atrações como Comunidade Nin-Jitsu, Reação em Cadeia, Vera Loka e Vitor Kley, entre outros músicos de diferentes estilos.
Drones
Na quarta-feira (1), servidores da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul estiveram no local, em uma vistoria técnica em conjunto com Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto-Geral de Perícias (IGP), Polícia Federal e Ministério Público do Estado.
Saídas de emergência estão devidamente identificadas e todos os órgãos públicos ou a segurança privada são acionados pela Central Integrada de Operações, uma área onde está o sistema de monitoramento. São controladas duas dezenas de câmeras modelo Speed Dome, que proporcionam um giro 360 graus.
Além dos equipamentos já afixados, drones sobrevoarão o terreno, controlando, por exemplo, como está o movimento dos portões e das vias próximas.
— Não cuidamos só de segurança, avaliamos tudo que pode impactar no evento — complementa Caleffi.