Chegar a patamares de prestígio mundial, com influência em diversos meios, é o objetivo de todo artista. No entanto, pouquíssimos conseguem. Alok faz parte deste seleto grupo. Além de ser considerado o quarto maior DJ do mundo, ele aparece na lista da multiplataforma de notícias Bloomberg Línea como uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina, levando em conta o impacto positivo além da área de atuação.
O olhar atento aos que vivem em situação de vulnerabilidade e ao combate às desigualdades sempre esteve entre os compromissos prioritários na carreira do artista. Consolidando esse propósito, há dois anos foi criado o Instituto Alok — associação sem fins lucrativos. Uma das iniciativas mais recentes, o programa O Futuro é Ancestral, foi lançado em setembro deste ano com uma ação poderosa: Alok se apresentou ao lado de artistas indígenas no topo do edifício-sede da Organização das Nações Unidas (ONU), nos Estados Unidos, durante a 77ª Assembleia Geral.
Paralelo às causas sociais, o DJ segue entregando ao público o melhor do eletrônico. Seu último trabalho, o single All By Myself é fruto da parceria com Sigala e Ellie Goulding. A faixa inédita, que conta com o sample de Enjoy the Silence, e outros hits poderão ser conferidos ao vivo nesta terça-feira (11), quando Alok faz show no Casa Perini Music Day. O evento será realizado em Farroupilha, na Serra, e também contará com a presença de Zeeba, Thiago Mathias e Cattch.
Em entrevista a GZH, ele falou sobre carreira, música e próximos passos. Confira:
Como você enxerga essa popularização da música eletrônica?
O eletrônico e os DJs latino-americanos e os brasileiros, em especial, estão num movimento bastante interessante. Se você reparar no line-up dos grandes festivais, vai ver essa crescente de nomes brasileiros entre as atrações. A música eletrônica, de fato, tem ganhado outros espaços fora dos clubs. Se antes era um gênero mais segmentado, hoje ele chama atenção de um público que até então passava despercebido. As próprias playlists de música eletrônica nas plataformas também tiveram um crescimento significativo, ou seja, existe demanda.
Nos seus shows, você utiliza muitos lasers e fogos. Qual a concepção por trás disso?
Existe uma narrativa que busca a experiência com público, por isso chamamos de um show multissensorial. A nossa intenção é incitar várias sensações de bem-estar, seja visualmente, sonoramente claro, mas mensagens que abordamos. É a oportunidade de vivenciar aquilo pela primeira e última vez. Só temos aquela chance para estarmos reunidos, naquele contexto, com aquelas pessoas, naquele momento. Ele não irá mais se repetir, não da mesma forma.
Já consegues perceber mudanças a partir das ações promovidas pelo Instituto Alok?
Em dois anos de atuação do Instituto Alok , temos projetos espalhados por todas as regiões do Brasil, além de Índia e África. O projeto com os indígenas, em especial, tem se desdobrado em áreas culturais, tecnologia, segurança alimentar, agricultura sustentável, medicina entre outras. A intenção é valorizar as sabedorias milenares dos povos da floresta e colocá-las em protagonismo.
Onde você ainda deseja chegar?
Sou um espírito livre, vou onde a música me chamar e levar, por isso não gosto de me limitar em um determinado estilo. Vou do eletrônico ao pop, do rock ao reggaeton. O Brasil é gigante, quero acessar os mais diversos espaços e pessoas que puder.
O que o público pode esperar do show desta terça-feira?
Já conheço a serra gaúcha. Sempre sou muito bem recepcionado por aí. Terei a chance de apresentar, além das músicas já conhecidas pelo público, alguns lançamentos e sentir qual será a resposta de vocês. Espero que gostem!
Casa Perini Music Day
Quando: nesta terça-feira (11), a partir das 17h
Onde: Vinícola Casa Perini, em Farroupilha (próximo à igreja de Santos Anjos, s/nº)
Quanto: ingressos de R$ 170 a R$ 1 mil, disponíveis no site Uhuu.com e na bilheteria do local no dia do evento