A Justiça aceitou nesta quinta-feira (3) a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) contra o sertanejo Eduardo Costa por estelionato. O caso envolve a negociação de um imóvel em Capitólio, em Minas Gerais, em que o cantor e o sócio dele, Gustavo Caetano Silva, teriam omitido informações de que o terreno era alvo de ações judiciais, obtendo "vantagem ilícita".
Na época, em 2015, o cantor negociou a casa em troca de uma outra na região da Pampulha, em Belo Horizonte, avaliada em R$ 9 milhões. O imóvel em Capitólio valia entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões. No entanto, de acordo com a denúncia do Ministério Público, em inquérito aberto em 2017, o terreno foi avaliado em R$ 5,6 milhões e o restante do valor seria pago pelo cantor com uma lancha, um carro de luxo e uma moto aquática.
O casal que realizou a troca com o sertanejo só descobriu que o imóvel adquirido era alvo de uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) e de uma ação de reintegração de posse com pedido de demolição de construção ajuizada por Furnas Centrais Elétricas, após registrá-lo. O órgão pedia a retirada de todas as construções existentes em uma faixa de 100 metros, a partir da margem do Lago de Furnas, do imóvel.
Em 2018, Eduardo Costa prestou depoimento no Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, em Belo Horizonte, e afirmou que não agiu de má-fé. Ele também garantiu que o casal sabia que o terreno estava em uma área de preservação permanente.
Os advogados dos compradores negam que os seus cliente sabiam que o imóvel era alvo de ações na Justiça. Ainda, no documento do processo, constava que todos os bens dados pelo cantor para o pagamento "estavam livres e desembaraçados de qualquer ônus".
A assessoria do cantor não se respondeu o contato do portal g1, que tentou falar sobre o caso. Quando houve a denúncia, a equipe do cantor também optou por não se manifestar.