Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, proibiu o consumo de músicas do gênero k-pop no país. O estilo musical oriundo da Coreia do Sul, popularizado por bandas como BTS e Blackpink, foi comparado a um "câncer vicioso" pelo governante. As informações são do The New York Times.
De acordo com o jornal, Kim afirmou que as canções influenciam "trajes, estilos de cabelo, discursos e comportamentos", corrompendo a juventude de seu país. Afim de eliminar o k-pop da Coreia do Norte, ele teria aumentado a punição para quem for flagrado consumindo qualquer tipo de entretenimento relacionado ao estilo musical. A sentença, que antes era de no máximo cinco anos, agora pode se estender para até 15 anos de prisão.
Conforme divulgado, a nova lei também prevê até dois anos de trabalho forçado para cidadãos norte-coreanos que falarem, escreverem ou cantarem o gênero da Coreia do Sul. Já para quem "contrabandear" conteúdos relacionados ao k-pop para o país, a punição pode chegar à pena de morte. A música entra na Coreia do Norte por meio de pen-drives vindos ilegalmente da China.
Segundo informações do Daily NK, publicação com sede em Seoul, as autoridades da Coreia do Norte solicitaram que a população auxilie na aplicação da lei delatando conhecidos que consomem k-pop. De acordo com o mesmo veículo, três adolescentes já teriam sido enviados a um "campo de reeducação" por cortar o cabelo como o dos ídolos das bandas de k-pop e usar calças com a barra acima dos tornozelos.