Depois de nomes como Shakira, Neil Young e Bob Dylan, chegou a vez dos Red Hot Chili Peppers venderem seu catálogo musical. De acordo com a revista Variety, o negócio com a Hipgnosis Records custou US$ 140 milhões, o equivalente a R$ 758 milhões.
O catálogo inclui músicas escritas pelos membros da banda desde 1982. No total, o grupo liderado pelo vocalista Anthony Kiedis e o baixista Flea colocou sete álbuns no top 10 de vendas nos Estados Unidos, incluindo Californication, de 1999, que vendeu mais de 15 milhões de cópias em todo o mundo. No momento, as obras são administradas pela Moebetoblame Music.
Desde o início da pandemia, diversos artistas têm vendido seus catálogos a investidores. Bob Dylan vendeu seu acervo inteiro para a Universal Music Publishing por cerca de US$ 300 milhões, enquanto Stevie Nicks teria obtido US$ 100 milhões por sua participação majoritária no catálogo da banda Fleetwood Mac.
Do ponto de vista dos investidores, o negócio se justifica pelo aumento das receitas do streaming, estáveis no longo prazo, com projeções de ganhos confiáveis para artistas consolidados. Em entrevista à revista Complex, o diretor da Hipgnosis afirmou que o investimento é "seguro":
— A receita dessas músicas é muito previsível e muito confiável, e essas são as mesmas razões pelas quais você investe em coisas como ouro e petróleo. Mas, na verdade, música é melhor do que ouro e petróleo. Boas músicas estão sempre sendo consumidas.