A Universal Music anunciou, nesta segunda-feira (7), a compra de todo o catálogo de composições de Bob Dylan. O acordo inclui mais de 600 canções assinadas pelo artista, entre elas clássicos como Blowin 'in the Wind, The Times They Are A-Changin' e Like A Rolling Stone.
O valor oficial da compra não foi divulgado pela gravadora. Porém, de acordo com o The New York Times, a negociação está estimada em mais de US$ 300 milhões — o que equivale a aproximadamente R$ 1,5 bilhões. Segundo o jornal norte-americano, esta pode ser a maior aquisição de direitos de publicação em um único ato da história da música.
Conforme a publicação, o próprio Dylan — que era detentor de todos seus direitos autorais — teria formalizado o acordo. Com a negociação, desde suas primeiras canções, datadas de 1962, até as que integram o álbum mais recente de sua carreira — o elogiado Rough and Rowdy Ways, de 2020 —, passam para a administração da Universal.
"Não é nenhum segredo que a arte de compor é a chave fundamental para toda boa música, nem é segredo que Bob é um dos maiores nessa arte", escreveu Lucian Grainge, executivo-chefe da Universal Music, em um comunicado anunciando o acordo.
Pouco adepto às entrevistas, Dylan não comentou o acordo. Recentemente, em uma rara conversa com a imprensa, o cantor disse acreditar que a pandemia do coronavírus pode ser "um precursor de algo mais por vir", e tocou em assuntos como a morte e o ato de compor.
Considerado um gênio da música moderna e com dezenas de livros publicados, em 2016 ele se tornou o primeiro músico a conquistar um Prêmio Nobel de Literatura. Aos 79 anos, Dylan também acumula 10 Grammys, um Oscar e um Globo de Ouro.