A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu, na residência do cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, duas pistolas, munição, dinheiro em espécie e um computador. A apreensão, realizada na casa do cantor na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ocorre após a prisão de Belo, na tarde desta quarta-feira (17). Ele é investigado por promover aglomeração durante a pandemia.
Além do cantor, dois sócios da produtora Série Gold foram detidos e há mais dois mandados de prisão expedidos pela Polícia Civil carioca — entre eles, para o chefe do tráfico da comunidade Parque União. O motivo das prisões é um show de Belo no Complexo da Maré, no feriado de Carnaval, que provocou aglomeração em uma escola municipal, sem autorização dos órgãos competentes.
A polícia também apura a invasão à instituição onde foi realizada a apresentação, sem respaldo da secretarias de Saúde e de Educação. Segundo informações apuradas pelo G1, as salas de aula da escola Ciep 326 – Professor César Pernetta foram utilizadas como camarotes para o evento. A suspeita da polícia é de que o chefe do tráfico na comunidade seja quem "autorizou" o uso do espaço.
Outras prisões
Em 2002, Belo já havia sido preso após ser condenado por associação para o tráfico. De acordo com as investigações, o cantor negociou drogas e armas por telefone com um traficante.
Com pena de seis anos, Belo foi solto após cerca de um mês, quando foi beneficiado com recurso para responder em liberdade. No entanto, o Ministério Público recorreu e a pena ainda foi aumentada para oito anos pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Ele então cumpriu três anos e oito meses de prisão.