Em meio à pandemia de coronavírus, Michel Teló segue fazendo jus à fama que tem de ser um dos artistas mais “gente boa” do meio musical. O sertanejo de 39 anos manteve o lançamento do EP digital Churrasco do Teló – Vol. 2 (já disponível nas plataformas digitais), que traz seis canções inéditas e mostra o que o cantor mais gosta de fazer: assar uma carne, reunir os amigos e cantar umas “modas”. No repertório, que tem faixas como a divertida Quem Falou Mentiu, Teló se divide entre sofrências, músicas de festa e modões mais clássicos do sertanejo.
Em entrevista por telefone, o cantor afirmou que um dos motivos que o fizeram manter o lançamento foi, justamente, levar diversão para as pessoas que têm de ficar em casa.
– Que momento difícil que estamos vivendo, companheiro. Mas não podemos olhar somente para o lado financeiro, temos uma responsabilidade com o público e com as pessoas que estão trancadas em casa. Levando música e arte, podemos fazer com que os dias dessas pessoas sejam mais leves. Algumas coisas têm de funcionar, num momento assim, para que as pessoas possam dar uma respirada – sustenta o sertanejo.
Churrasco
O segundo volume do Churrasco do Teló (projeto que tem 18 faixas, seis lançadas no primeiro volume, seis neste e existe uma previsão de um terceiro EP, com as outras seis), segue o modelo do anterior: uma boa roda de viola e uma carne na brasa, com os amigos em volta. Fã de churrasco, Teló, que também está em isolamento, em casa, com a mulher, a atriz Thais Fersoza, 35 anos, e os filhos, Melinda, três anos, e Teodoro, dois, afirma que o EP tem sido a trilha sonora da família.
– A turma aqui ama um churrasco, os pequenos ficam muito felizes quando acendo a churrasqueira e pego o violão. Temos que conseguir curtir esse momento juntos – afirma o cantor, que faz coro sobre a importância de nos mantermos em casa: – Estamos respeitando totalmente o isolamento, e tentando divulgar isso, para que as pessoas tenham consciência de que o momento que estamos vivendo é sério – ressalta Teló.
O sertanejo, que suspendeu seus shows de março e abril, fez questão de pagar toda a equipe de mais de 20 pessoas que lhe acompanha, tanto na estrada quanto no escritório, como se as apresentações estivessem acontecendo normalmente.
– É uma fase muito difícil, temos uma equipe toda, a gente sabe da dificuldade, mas nos organizamos para fazer isso, segurando essa barra – afirma.