Vampire Weekend, Two Door Cinema Club, The Rapture, La Roux e Warpaint, entre outros. Nomes que despontaram na cena indie na última década desembarcaram no Estado nos palcos do Meca, para a felicidade dos peregrinos modernos que rumavam para o Litoral em busca de novidades. Neste ano, entretanto, o festival tem uma nova proposta.
De volta desde o ano passado à Fazenda Pontal, em Maquiné — após uma edição frustrada em 2016, em Viamão, marcada pela forte chuva e pelo cancelamento das duas principais atrações gringas —, o evento aposta em artistas nacionais. A grande estrela da festa será Gal Costa, com o show da turnê de seu álbum mais recente, A Pele do Futuro.
Aos 74 anos, a artista, desde o disco Recanto (2011), tem levado para seus shows, além dos fãs antigos, uma audiência renovada.
— Escolher a Gal tem a ver com o movimento crescente de o Meca ser um festival que promove o encontro de pessoas de todos os estilos e idades — afirma Maíra Miranda, diretora de operações do evento.
Não chega a ser uma novidade para a cantora se apresentar para um público mais jovem, nos moldes da festa de Maquiné. Em julho, Gal participou do Festival de Inverno de Bonito (MS).
— Meu espírito não acompanha a minha idade cronológica, minha alma é jovem. Não me aprisiono ou me sinto aprisionada pela idade ou pela estética — diz a artista, por e-mail. — Eu sou uma cantora que gosta de dar saltos na carreira, de ousar e criar rupturas. Sou plural, como toda pessoa deve ser. A gente deve estar aberta para ver o mundo de várias maneiras. E eu sou isso.
Além de Gal, outras duas artistas que têm se destacado no cenário nacional se apresentam no Litoral. Vencedora de um Grammy Latino em 2015 na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo, com Dancê, a cantora Tulipa Ruiz retorna ao Estado ao lado da banda Pipoco das Galáxias com sua MPB dançante. No setlist da paulista devem aparecer canções como Só Sei Dançar com Você, Efêmera e Pedrinho.
Outro destaque do line-up é MC Tha, que lançou em junho seu álbum de estreia, Rito de Passá, em que mistura o funk e o batuque da umbanda e do candomblé. São três mulheres, nas palavras de Maíra Miranda, que refletem “uma admiração espontânea por artistas que representam toda a pluralidade de gêneros, estilos e ancestralidades”.
Além dos shows no palco principal, o festival, que dá adeus a Maquiné neste ano, contará com 15 horas de house music à beira da piscina e um ciclo de palestras. O Meca é realizado em diferentes cidades do Brasil. Maíra Miranda explica a razão da despedida:
— Em 2020, o Meca completa 10 anos de existência. Estamos redesenhando todos os projetos e a estrutura da plataforma para marcar o aniversário com muitas novidades. Nos últimos dois anos, a mobilidade geográfica foi um dos nossos objetivos. Nossa energia estará concentrada no lançamento de novos formatos e conceitos de festivais.
MECAMaquiné
- Sábado (12), das 14h às 6h
- Fazenda do Pontal (RS-407, km 2,5 – Maquiné/RS)
- Ingressos: de R$ 80 a R$ 96 (clientes Digio), de R$ 100 a R$ 120 (meia-entrada para estudantes e meia-cultural, com a doação de um livro em bom estado) e de R$ 200 a R$ 240 (inteira); venda de ingressos e mais informações, como transporte e programação completa, no site mecamaquine.com
Atrações do palco principal
- 18h - AKEEM Music
- 19h40min - Marô
- 21h20min - Gal Costa
- 23h10min - Tulipa Ruiz
- 1h - MC Tha
- 2h - Vermelho Wonder
- 3h - Forró Red Light