Fãs de diferentes gerações, novos e antigos, aproveitaram neste sábado (11) a chance de ver a banda Los Hermanos ao vivo, muitos deles pela primeira vez. Fazendo apenas turnês esporádicas desde 2005, quando lançou o último álbum de estúdio, o quarteto carioca não se apresentava em Porto Alegre desde 2015.
Para o casal Fernanda Castro e Daniel Vieceli, ambos de 33 anos, Los Hermanos remete ao período em que estudavam na UFRGS, começavam a namorar e foram vê-los no palco do Salão de Atos. Passados 15 anos, veio a segunda chance, no Pepsi on Stage (no show de 2015 não conseguiram ir porque os ingressos estavam esgotados).
— A gente é muito fã. Faz parte da nossa história. Várias músicas foram importantes para nós, como O Vencedor, porque não é só buscar a vitória, é ser companheiro um do outro — disse Daniel.
Outro casal, formado por José Renato Daudt, 46 anos, e Luciane La Rocca, 42, é fã das antigas, mas trouxe reforços para o time. Compareceram ao show deste sábado com as filhas Isadora, 20 anos, Valentina, 13, além da amiga Larissa Garcia, 20.
Isadora e Valentina cresceram com os pais escutando Los Hermanos e foram conquistadas pela banda. Valentina era quem estava com expectativas mais altas: no último show em Porto Alegre, era muito pequena e não pôde ir com a família.
— Quando eu soube que eles vinham, eu disse: tenho de ir. O pessoal da minha idade não conhece, mas é o tipo de música que eu gosto, com uma vibe boa — disse Valentina.
Aos 29 anos, Ricardo Laste é um fã recente. Quando Los Hermanos estavam no auge, ele era metaleiro e tinha preconceito em relação à banda. De uns anos para cá, deu-lhes uma chance e virou entusiasta. A turnê de 2019 é a primeira desde que ele se converteu, e chegou a comprar ingresso para o show de Curitiba, antes do anúncio da apresentação em Porto Alegre:
— Adoro. É o que tem de melhor de 2000 para a frente. Tinha de ver esse show de qualquer jeito.
Ricardo convidou para acompanhá-lo a amiga Vitória Fortes, 27 anos. Ele aceitou, mas mal conhecia a banda.
— Comecei a ouvir anteontem, quando decidi vir, e gostei bastante — revelou.
Marjorie Stadnik, 30 anos, conta que o quarteto marcou sua adolescência, por causa das letras:
— Eles falam de desajustes pessoais, uma coisa muito comum entre os adolescentes.
Marcinho Zola, 28 anos, amigo de Marjorie, também valoriza as letras do grupo, que considera únicas no panorama brasileiro.
— É a primeira vez que vou vê-los ao vivo. É muito louco. Nunca pensei que teria essa chance — contou.
Também fazia parte do grupo Luiza Protas, 31 anos, que se define como integrante de uma geração que cresceu com Los Hermanos.
— Aconteceu Anna Julia. Aconteceu. Não tem o que falar. Mas depois eles foram fazendo coisas mais maduras e foram crescendo com a gente — afirmou.