Um dos destaques da cena indie brasileira dos últimos anos, a paulista Terno Rei traz a Porto Alegre seu mais recente trabalho, Violeta. Em show nesta sexta, às 22h, no Agulha (Rua Conselheiro Camargo, 300), o quarteto apresenta seu terceiro disco, em que o lo-fi quase ambiental abre espaço para melodias pop, músicas com durações mais radiofônicas e letras mais otimistas.
— É um movimento ao mesmo tempo natural e planejado. Queríamos fazer um som pop, mas também mais digital, moderno, para cima, mais produzido. Nos shows, já percebemos que o clima fica mais quente, bem dançante – registra o vocalista e baixista Ale Sater.
Para tentar ambientar antigos fãs e novos ouvintes, o grupo divulgou uma playlist com uma gama de influências que levaram até Violeta. Estão lá de João Gilberto a Elliott Smith, passando por Porches (banda que ajudou a dar norte ao projeto) e Almir Sater, primo de segundo grau de Ale – o violeiro sul-mato-grossense, por sinal, também se apresenta em Porto Alegre neste fim de semana, fato que Ale desconhecia.
– É coincidência pura! Vou convidá-lo para comer um churrasco aí em Porto Alegre. Quem sabe rola algo – brinca, sugerindo uma improvável e inédita parceria em cima do palco.
Violeta já estava pronto meses antes do lançamento. A espera se deu devido ao clima que as eleições projetaram sobre o Brasil no ano passado e que, segundo a banda, tornaria a divulgação do trabalho menos impactante. Se este ambiente influenciou as novas composições?
– Com certeza. Toda a nossa inspiração vem do mundo, de andar pela rua, de conhecer pessoas. E o momento é muito delicado, muito chato, isso influencia – calcula Ale.