A segunda e última noite do Planeta Atlântida também foi marcada pela presença da chuva e, novamente, ela não foi forte o suficiente para tirar a animação do público. Mais de 40 mil planetários passaram pela Saba, em Xangri-Lá neste sábado (2).
Pitty abriu os trabalhos no palco principal em sua volta ao Planeta. Depois dela, os britânicos do Clean Bandit precisaram esperar a chuvarada que caiu sobre a Saba parar antes de se apresentarem. Na sequência, teve o rock de Capital Inicial, o pagode de Thiaguinho com Atitude 67, o sertanejo de Henrique & Juliano e o eletrônico Alok.
Rock de atitude
Pitty retornou ao palco do Planeta Atlântida após nove anos ausente. E foi com um show empolgante. A cantora se baseou no repertório de sua turnê Matriz, com a qual vem viajando o Brasil. Aliás, o título de sua série de shows deverá ser o nome de seu quinto disco, previsto para sair em abril. Entre as novidades, ela apresentou as faixas novas Contramão e Te Conecta, que flertam com estéticas atuais, porém contemplam sua essência.
Durante a apresentação de Te Conecta, um clipe em plano sequência da música foi gravado no palco. Foi uma performance impecável da cantora baiana, que também atuou em determinados momentos como diretora, guiando a equipe de filmagem. Além disso, ainda rolou participação especial de Tássia Reis e Emmily Barreto, parceiras de Pitty na canção Contramão.
Explosão pop
Uma chuvarada caiu sobre a Saba no exato momento em que o grupo britânico Clean Bandit subiu ao palco principal do Planeta. A água era tanta que o show precisou ser paralisado. Cerca de 40 minutos depois, o trio formado por Grace Chatto (vocal e violoncelo) e pelos irmãos Jack Patterson (baixo, teclado e violino) e Luke Patterson (bateria) retornou ao palco e apresentou uma sequência de hits bem conhecidos do público. Symphony, Real Love, Solo e Rockabye, que liderou as paradas musicais em mais de 20 países em 2017, estiveram no setlist.
Ah, eu sou gaúcho!
O Nenhum de Nós voltou ao Planeta Atlântida depois de 10 anos e não veio só. A banda de Thedy Corrêa contou com duas participações especiais em seu show no Palco Atlântida. A primeira delas foi Dinho Ouro Preto, que pouco depois subiria ao palco principal do festival com o Capital Inicial. Ele cantou Quase sem Querer, da Legião Urbana.
Em seguida, para delírio dos planetários, Thedy chamou Luiz Marenco, e adentrou no palco sob gritos de "Ah, eu sou gaúcho". O cantor nativista e a o vocalista da Nenhum dividiram os vocais em Diga a Ela e Batendo Águas, clássico de Marenco.
Em sua apresentação, a banda porto-alegrense repassou seus 32 anos de trajetória. A chuva se fez presente em boa parte do show, mas mesmo assim um bom público se fez presente
Rock nostálgico
Capital Inicial não decepcionou em sua nona apresentação no Planeta Atlântida. A banda repassou suas mais de três décadas de carreira no maior palco do festival. Liderados pelo vocalista Dinho Ouro Preto, os veteranos do rock fizeram um show pontual, redondo, de quem já queimou muita lenha.
Eterno garotão, aos 54 anos, Dinho esbanjava fôlego e explorava cada canto do palco, corria e pulava bastante. Antes de tocar a a clássica Independência, Dinho comentou:
- É surreal tocar no Planeta. Galera, se segurem, que agora vem uma martelada.
Rap renovador
Outro estreante desta 24ª edição do Planeta Atlântida foi o carioca Filipe Ret. Nascido e criado no Catete, zona sul da capital fluminense, o rapper representou o estilo com suas principais músicas de cunho social - já que é um dos bairros mais tradicionais do Rio - e prestou uma homenagem ao Charlie Brown Jr. no palco Atlântida. Com as faixas do disco Audaz, lançada no ano passado, Ret fez apresentação confrontadora. Um dos ápices da performance foi a quando Ret cantou Só os Loucos Sabem, da banda liderada por Chorão, garantindo muitas palmas.
Só no sapatinho
Era quase meia-noite de sábado (2) para domingo (3) quando o Planeta Atlântida viu o encontro entre entre ousadia, alegria e atitude. Uma apresentação compartilhada entre padrinho e afilhados. O cantor Thiaguinho e grupo Atitude 67 dividiram o Palco Planeta e colocaram o público para saracotear.
Inicialmente, os pupilos entraram em cena. Formado em Campo Grande (MS) e radicado em São Paulo, o sexteto (Pedrinho Pimenta, Éric, Karan, GP, Leandro e Regê) apresentou suas principais músicas, como o hit Cerveja de Garrafa. Depois, foi a vez do padrinho colocar os planetários para dançar. Thiaguinho abriu o show com uma apresentação a capela de Querência Amada e depois soltou seus maiores sucessos, como Caraca, Muleke!. Por fim, padrinho e afilhados dividiram o palco.
A hora do sertanejo
O festival que reúne todas as tribos não deixaria de fora o gênero mais ouvido do Brasil. Coube a Henrique & Juliano a missão de representar os sertanejos no Planeta Atlântida. Considerada uma das mais populares duplas do estilo, a parceria dos irmãos de Tocantins lembrou de sucessos como Não To Valendo Nada e Vai Que Bebereis. Para começar com o pé direito o casamento com o Planeta, os cantores abriram o repertório com Vidinha de Balada, cantada em alto e bom som pelo público.
Após mais interações dançando com a equipe de sanfoneiros e pedindo para o público levantar os braços, os irmãos prestaram homenagem a um dos maiores nomes da história do festival: Charlie Brown Jr.
Planeta de Alok
Passava das 3h30min da madrugada de domingo (3), quando o DJ brasileiro com maior reconhecimento internacional entrou no Palco Planeta para encerrar o Planeta Atlântida de 2019. E Alok não desapontou os fãs que esperavam pela sua performance. Com um repertório oscilando entre musicas do pop e do rock - todas em versão remix -, o artista lembrou de I Gotta Feeling, do Black Eyed Peas; I Love It, de Icona Pop, e até Zephyr Song, do Red Hot Chili Peppers.
A festa - que colocou os planetários para pular muito - foi a loucura com a performance de Hear Me Now, faixa com Zeeba que foi a mais executado do país em 2017.