Uma das atrações do Z Festival, que será realizado nesta quinta-feira (11), o cantor Zeeba é o autor e a voz de Hear Me Now, música produzida em parceria com os DJs Bruno Martini e Alok. Lançada em 2016, o clipe da canção eletrônica acumula mais de 266 milhões de visualizações no Youtube, enquanto a faixa foi reproduzida no Spotify mais de 352 milhões de vezes. Isso sem contar as incalculáveis execuções de Hear Me Now em festas, bares, lojas, supermercados, rádios, carros, enfim, foi uma música onipresente em 2017. Você poderia estar em, por exemplo, uma borracharia, e lá o assobio inconfundível da canção surgiria tocando de algum aparelho.
Hear Me Now também ajudou a colocar o trio da parceria no topo da lista dos 30 brasileiros mais ouvidos no Exterior, conforme levantamento realizado pela Deezer e divulgado pela Billboard em outubro de 2017. Ou seja, de acordo com a lista, a voz de Zeeba é mais ouvida fora do Brasil do que a de Roberto Carlos ou Anitta.
– Eu e o Bruno estávamos montando um EP meu. Hear Me Now começou com Bruno no piano, com uma melodia de refrão, aí fiz o verso e o assobio, escrevi uma letra. Montamos uma música que era mais para o indie rock. Alok ouviu essa versão e ficou apaixonado, falou que queria produzir e lançar essa música com a gente. O assobio, que era no meio, veio pra frente e virou a introdução. Era uma coisa mais "alternas" e virou música bem pop. Alok deu os toques finais - explica Marcos Lobo Zeballos, 25 anos, que adotou o nome artístico de Zeeba.
Filho de brasileiros, o cantor nasceu em San Diego, Califórnia, e se mudou para São Paulo quando ainda era bebê. Foi na capital paulista que ele se aproximou da música.
– Tive a minha primeira banda com 14 anos. Era uma banda meio de colégio, meio de garagem. Na época, curtia punk rock, Blink-182 e Green Day. Era algo bem amador, não tinha um nome ao certo. Comecei a compor por causa da banda. Tinha chamado um cara para ser o suposto vocalista, mas ele faltou no dia do ensaio. Pensei: "Ah, vou cantar eu então". Comecei a cantar. Cantava bem mal. Mas aí rolou. Fui me aperfeiçoando com o tempo – lembra.
Zeeba voltaria aos Estados Unidos para estudar música no Musicians Institute, em Los Angeles. Por lá, foi guitarrista e vocal da banda indie Bonavox. O grupo foi contemplado com um Grammy Amplifier, premiação direcionada a novos artistas, e se apresentou no South By Southwest Music Festival (SXSW), em Austin. Com a Bonavox, lançou um EP que leva o nome do grupo em 2014.
Pouco antes de deixar a Bonavox, Zeeba lançou o EP So Complicated, em 2016. Em seu primeiro projeto solo, ele apresentava influências do folk e do indie rock, remetendo a grupos como The Kooks.
– Fiz o So Complicated na mesma época da banda, como um projeto paralelo. No começo, inclusive, usava o nome Marcos Zeeba. Costumo escrever minhas músicas em voz e violão, com uma pegada mais indie. Minhas influências sempre vieram do indie rock. Sempre gostei de Kooks, Oasis, Coldplay, Foster The People, The Black Keys – diz.
Porém, ao passar a trabalhar com Bruno Martini, o cantor virou a chave para a música eletrônica.
– Hoje em dia as roupagens estão mais para o eletrônico. Às vezes você compõe uma música que é voz e violão, e ela pode virar tudo. Depende do que você faz por trás dela – destaca. – Todas as minhas músicas tem instrumentos gravados. É um eletrônico mais pop. Hoje em dia está tudo muito misturado, mas qualquer música tem elementos do eletrônico – completa.
Além do estouro com Hear Me Now, Zeeba também foi bem sucedido com os singles Never Let Me Go, Ocean, With Me e Live in The Moment. O clipe de sua nova música de trabalho mais recente, Young Again, foi lançado na última sexta-feira (5). Sua ideia é ir lançando singles que no final vão virar um EP, previsto para o primeiro semestre do ano que vem.
– Tem um monte de música pronta, que vão ser lançadas a cada dois ou três meses. Esse singles que estou lançando conversam entre si – garante.
Após uma temporada em Los Angeles, Zeeba voltou a se estabelecer em São Paulo. Apesar de ter crescido no Brasil, ele ressalta ter mais intimidade para escrever suas músicas em inglês.
– Desde pequeno escrevo em inglês, também escuto muita coisa nessa língua, o que acaba influenciando na forma como componho também. Ainda não tive muito contato com músicas brasileiras, é algo que tenho de aperfeiçoar. Tem uma parceria com a Mallu Magalhães que a gente nunca lançou, com letra em português e inglês, que canto um pouquinho em português também. Falta finalizar essa música. Mas ainda quero fazer algo ainda para os meus fãs brasileiros – pontua.
Z FESTIVAL
- Quinta-feira (11), a partir das 16h45min, no Pepsi On Stage (Av. Severo Dulius, 1995).
- Abertura dos portões: 15h.
- Classificação etária: 15 anos (menores de 15 anos só entram com os pais/responsável legal e com autorização por escrito e reconhecida em cartório autorizando outra pessoa maior de idade como responsável).
- Ingressos: R$ 270 (pista), R$ 320 (mezanino), R$ 350 (pista premium) e R$ 400 (camarote com open bar de água e refrigerante).
- Venda sem taxa de conveniência: Lojas Gang do Shopping Iguatemi (Av. João Wallig, 1.800, das 10h às 22h) e do Shopping Praia de Belas (Praia de Belas, 1.181, das 10h às 22h). Bilheteria do Pepsi On Stage somente na quinta, a partir das 10h.
- Venda com taxa: bilheteriadigital.com.br