O Coldplay transformou a Arena do Grêmio em ponto de encontro de fãs de diferentes lugares e idades na noite deste sábado (11). A primeira passagem da banda inglesa por Porto Alegre reuniu quase 60 mil pessoas no estádio gremista, em evento com abertura da gaúcha Tati Portella e da sensação pop internacional Dua Lipa.
Ainda que o grupo comandado por Chris Martin não tenha o mesmo tempo de estrada dos compatriotas Paul McCartney e The Who, que também passaram por aqui nos últimos meses, o show foi uma oportunidade de aproximar pais e filhos pelo gosto em comum. Foi o caso da família Siliprandi. Moradores de Santa Rosa, Fábio e Lis foram à Arena com a filha Luísa, de 22 anos.
— Não costumamos vir em muitos shows juntos, mas quisemos vir nesse — conta Fábio, que garante que o casal gosta mais da banda do que a filha.
Acostumado a receber visitantes internacionais ao longo da campanha gremista na Libertadores, o estádio tricolor se coloriu com bandeiras das mais diversas nacionalidades. A do Paraguai _ ou pelo menos a que encontramos — foi trazida pelos amigos Juan Vera e Samy Annahas. Os dois já estiveram no Brasil em outras ocasiões, mas garantem que vir para assistir ao espetáculo de uma das bandas favoritas tem um gosto especial.
— Já conhecemos São Paulo, então escolhemos vir a Porto Alegre por ser uma cidade diferente. E, também, ajudou (o show) ser no final de semana — explica Juan.
A experiência dos amigos paraguaios não é novidade para a mineira Fernanda Mourad. Além do próprio Coldplay, em outra oportunidade, ela já viajou para ver artistas como o U2, na capital paulista, e Madonna, em Buenos Aires. Vestindo orelhas de macaco em referência ao clipe Adventures of Life Time, ela carrega um cartaz em inglês com os dizeres "Eu ainda sou um macaco com uma cabeça cheia de sonhos. Me deixe dançar com vocês e ativar a minha magia", ela também escolheu vir para o Sul por ser um local ainda desconhecido.
— Eu já levei esse cartaz no Chile, mas em uma versão muito maior. Quando eu levantava, os chilenos ficavam loucos comigo — brinca.
No final, Fernanda não conseguiu ser chamada para dançar com os ídolos. Mas não é difícil arriscar que a sua noite, assim como a dos outros milhares presentes, foi tocada pela magia colorida de Chris e seus parceiros.